O CORREIO foi atrás das respostas e inspirou-se na obra de Renato Russo para lançar luz sobre as sombras dessa legião urbana de adolescentes. Jovens que nasceram depois da morte do compositor, mas entendem bem o que é ver o sol da manhã tão cinza e estão a tempo de aprender que o suor sagrado é mais belo que o sangue amargo. Você descobrirá detalhes sobre a vida de Railan da Silva Santana, 17 anos, que morreu durante assalto na Faculdade Área 1, em outubro de 2014. Saberá também que a família dele não é a única a descobrir tarde demais que o adolescente se envolveu com a criminalidade.
Aprenderá que, enquanto se discute a redução da maioridade penal, em Salvador os adolescentes são mortos cinco vezes mais do que matam — jovens entre 13 e 17 anos são uma em cada dez vítimas de homicídios na capital baiana. Entenderá que o tripé Família-Estado-Sociedade, fundamental para sustentar o jovem em sua jornada à vida adulta, está mambembe e, por fim, conhecerá histórias de adolescentes que traficaram, roubaram e até mataram, passaram anos detidos e hoje estão recuperados, vivendo ao seu lado, sem você nem desconfiar.
No dia 21 de outubro, Railan Santana, 17 anos, foi morto durante uma tentativa de assalto na Faculdade Área 1, a Avenida Paralela. A vida toda ele estudou em escolas particulares, era tido como bom aluno, querido pelos colegas e amado pela família. Por que, então, resolveu cometer o assalto?
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Como Railan, Robson* e Luciano* também estudam, são queridos pela família e surpreenderam os pais ao serem apreendidos porte tentativa de assalto e porte de arma. Ao contrário de Railan, eles tiveram a sorte de não morrer durante a infração.
(*Nomes fictícios)
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Neste ano, de janeiro a novembro, cerca de 100 adolescentes foram assassinados em Salvador. Enquanto, nesse período, os jovens mataram 19 pessoas na capital baiana. Quem mata e quem morre é o mesmo jovem – preto, pobre, de periferia e com carências em sua formação de cidadão.
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Família, Estado e Sociedade deveriam formar um tripé sólido para que o adolescente chegasse de forma segura à vida adulta. Porém, todas essas pernas têm falhas. Entenda como essa estrutura está hoje e como ela deveria ser.
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É para a Comunidade de Acolhimento Socioeducativo (Case) que o adolescente vai ao ser sentenciado por um ato infracional. Muito se fala delas, mas poucos conhecem esse universo. O CORREIO entrou para mostrar.
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Adolescentes que já foram detidos por tráfico, roubo e até homicídio e hoje vivem lado a lado com você – sem você saber – contam como conseguiram sair do caminho da criminalidade. Quem ajudou? O que mudou em suas cabeças?
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