A danada da carga

Por Donaldson Gomes

  • D
  • Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2017 às 00:16

- Atualizado há um ano

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O presidente do Sindicato das Indústrias de Cosméticos (Sindicosmetic-BA), Raul Menezes, avisou no início de um encontro com jornalistas na última semana para apresentar a Mostra Bahia Cosmética, que acontece amanhã, na Fieb: “Estamos aqui para falar de coisas boas”. E sim, há muitas boas notícias para o setor. Existem 72 indústrias no estado com muito a mostrar em termos de inovação e produtos de qualidade. Dez delas irão apresentar novidades na mostra, que vai contar ainda de pesquisas importantes para o setor. Mas, conversa vai, conversa vem com empresário, sempre se chega à tal da carga tributária. Menezes diz que um grande gargalo para o setor é elevada incidência de impostos e taxas. Além do IPI, imposto federal que chega a 20%, no caso dos xampus, e a 50% em perfumes, o ICMS do setor ficou 2 pontos percentuais mais caro na Bahia desde o ano passado com as mudanças no Fundo de Combate à Pobreza. “Fomos enquadrados junto com os fabricantes de bebidas alcoólicas e de cigarros”, lamenta Raul Menezes.

Vem mais por aí Numa rápida análise sobre a indústria baiana, o presidente da Fieb, Ricardo Alban, mostrou-se esperançoso quanto a uma recuperação da atividade no segundo semestre. Lembrou que produtos importantes, como petróleo e celulose, tem boas expectativas de preços, a Ford vem operando a pleno vapor e não há paradas de manutenção previstas no Polo de Camaçari. O que preocupa? As contas públicas. “Todo mundo da área econômica com quem converso diz que a elevação da carga tributária este ano é inevitável”, afirma. Precisamos encontrar outro caminho”, defende o industrial.

Mercado de locação  Após um aumento na área locada no primeiro trimestre, de 5,7 mil metros quadrados (m²), o mercado de escritórios corporativos nas classes A e B de Salvador registrou índice negativo de 2,3 mil m² no segundo trimestre, segundo dados do MarketBeat de Escritórios da consultoria americana Cushman & Wakefield. O preço médio do metro quadrado para locação ficou em R$ 44,5 ao mês – aumento de 1,9% em relação ao primeiro trimestre.  O volume de espaços vagos sofreu incremento de 1,6 ponto percentual, fechando junho em 25,3%. “Esse aumento de espaços vagos na capital baiana se deve à saída de inquilinos do mercado e à entrada de mais de 7,7 mil metros quadrados de novo estoque no segundo trimestre”, afirma Gustavo Garcia, gerente Sênior de Pesquisa e Inteligência de Mercado para América do Sul da Cushman & Wakefield.

No horizonte

Haja quiabo.   Com os festejos a Cosme e Damião, o Bompreço calcula alta de 80% nas vendas dos ingredientes para o caruru em setembro, na comparação com outros meses do ano. A rede espera aumento na procura por quiabo, azeite, camarão seco e leite de coco.

Confirmados.  A 7º Semana Global do Empreendedorismo (SGE), de 6 a 10 de novembro, na Casa do Comércio, terá participação de Cláudia Kodja, doutora em História Econômica pela USP, e Robinson Shiba, fundador do China in Box e membro do elenco do Shark Tank Brasil. As inscrições são gratuitas em www.sgesavador.com.br.