A retomada do caminho para o basquete

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  • Ivan Dias Marques

Publicado em 24 de novembro de 2017 às 05:09

- Atualizado há um ano

A seleção masculina de basquete inicia hoje um novo ciclo, que, espero, mostre tudo que foi aprendido por atletas, comissão e dirigentes nos últimos anos. Ainda que as Eliminatórias para o Mundial da China-2019 sejam uma competição nova – e com forte tendência a ser um fiasco, já que não terá os principais jogadores da maioria das grandes equipes -, é preciso mostrar evolução.

O técnico croata Alexandar Petrovic faz sua estreia, mas, diferentemente de Rúben Magnano, antigo comandante, não vai encontrar um grupo com pouca noção tática do basquete internacional. Os seis anos que Magnano teve na seleção foram de altos e baixos em termos de resultados, mas a contribuição do argentino na retomada de um pensamento de um basquete grande no país, na formação tática desde a base e na ampliação do conhecimento de treinadores nacionais é muito grande.

Finalmente, deixamos a talvez ‘arrogância’ da bola de três salvadora e do basquete quase que puramente voltado à ofensividade e ao individualismo para trás. Atualizamo-nos com um basquete coletivo, com atenção defensiva e pela construção de jogadas ofensivas. Saímos do feeling puro para o planejamento, algo que passa, também, pela internacionalização dos nossos atletas em ligas fortes – NBA e Europa.

Agora, o objetivo é reforçar a defesa e, principalmente, a oscilação brasileira. A seleção costumava alternar momentos fantásticos com uma quase completa perda de qualidade dos dois lados da quadra. É preciso também – e esse é um trabalho contínuo e não exclusivo do basquete – fortalecer a mente dos brasileiros para os momentos de decisão.

O grupo de Petrovic tem, na medida adequada, experiência e juventude. Não é o mais forte possível, nem o mais fraco. Há questionamentos em relação a atletas e há acertos indiscutíveis, como os melhores grupos são.

Fora da quadra, temos o alento de, aparentemente, a CBB estar caminhando para se livrar da herança maldita das gestões Grego/Carlos Nunes. Após a vergonhosa suspensão imposta pela Fiba, o basquete brasileiro recebeu elogios por sua evolução administrativa na última reunião do conselho da entidade internacional. Depois de tantos passos para trás, começamos a retomar o caminho para frente. Ainda assim, estamos longe do lugar que merecemos e, principalmente, podemos estar.

Ao vento Por falar em CBB, a confederação foi uma das 15 que votaram a favor do aumento do número de votos dos atletas para 1/3 no novo regimento do Comitê Olímpico do Brasil (COB). No entanto, a máxima que não dá pra confiar em dirigente prevaleceu.

Outras 15 confederações votaram contra e conseguiram impugnar o voto da confederação de rúgbi. O representante do rúgbi precisou deixar a reunião mais cedo, mas declarou abertamente seu voto. As confederações que não querem participação efetivas de atletas inventaram uma alegação e, juntas, retiraram o voto do rúgbi. Claro, vai parar na Justiça.

O voto dos atletas nas assembleias equivalia a 1 e a intenção era subir para 12. Mas a manobra das 15 confederações fez ficar em apenas 5. As confederações ficam com 35 votos. Ainda assim, na questão de democratização do COB, houve avanços significativos.

Dedicatória

Essa coluna é em homenagem a Jadson, Joselito, Anísio, Djalma, Midiã, Milena e Márcia, além dos sobreviventes da tragédia da Fonte Nova. Vocês não serão nunca esquecidos por nós, jornalistas sérios. 

Ivan Dias Marques é subeditor de Esporte e escreve às sextas-feiras