Após incêndio, empresa irá repor 30 ônibus até o Carnaval

A informação foi divulgada pelo titular da Semob

  • Foto do(a) author(a) Thais Borges
  • Thais Borges

Publicado em 30 de janeiro de 2018 às 11:50

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Mauro Akin Nassor/Arquivo CORREIO

Até o Carnaval, 30 ônibus serão incluídos na frota da empresa Salvador Norte. Os coletivos devem repor parte dos 61 que foram totalmente destruídos após um incêndio que atingiu a garagem da empresa, na Avenida Santiago de Compostela, na garagem da antiga empresa BTU, no Parque Bela Vista, Brotas, na segunda-feira (29). 

A informação foi divulgada nesta terça-feira (30) pelo secretário municipal da Mobilidade, Fábio Mota. “Eles mandaram essa relação de 30 veículos similares aos que estavam rodando (e foram queimados). São ônibus com a mesma idade e, para nós, o que vale é ter ônibus”, afirmou. O restante deverá começar a circular até o dia 1º de março. 

Os coletivos que foram destruídos eram de anos como 2012, 2013 e 2014. Desde segunda-feira, a frota reserva está sendo utilizada para repor os coletivos. De acordo com o secretário, a operação foi totalmente regularizada no fim da tarde de segunda. A frota reserva só pode rodar por, no máximo, 30 dias. 

“O problema de hoje é justamente o fato de que a frota reserva está em ação. Estamos com frota reserva muito reduzida. Ou seja, se algum outro ônibus quebrar, por exemplo, pode ser um problema”. 

Ainda nesta terça-feira, representantes da empresa Salvador Norte se encontraram com técnicos da Secretaria Municipal da Mobilidade (Semob). 

Prejuízo Ao CORREIO, um dos diretores da Salvador Norte, Marcelo Santana, afirmou que a empresa cumprirá o que for determinado pela prefeitura. Ele não falou sobre a compra dos ônibus. “Nunca passamos por uma situação dessas, mas vamos conseguir. Nossa empresa tem 58 anos de experiência no mercado. Já passamos por vários problemas e vencemos”, disse. 

Santana ainda atualizou os valores de prejuízo. Segundo ele, os cálculos ficam entre R$ 12 milhões e R$ 20 milhões. Ao todo, 61 veículos foram totalmente destruídos. Os 16 que tinham sido parcialmente afetados pelas chamas, de acordo com o diretor, não foram perdidos. 

“Alguns já foram recuperados e estão rodando, enquanto outros estão em fase de conserto, em nossas oficinas. Foram casos de ônibus que tiveram a ponta de um para-choque quebrada ou um farol danificado”, explicou. 

Sem seguro Como foi mostrado na segunda-feira pelo CORREIO, os ônibus não tinham seguro. Na ocasião, o assessor de relações de trabalho do Consórcio Integra, Jorge Castro, explicou que o fato de a empresa não ter seguro para os ônibus é uma decisão comum. De acordo com ele, a visão geral das empresas de ônibus é de que o valor do seguro é tão alto que não compensa, do ponto de vista econômico. 

“Ninguém hoje, no Brasil, quer fazer seguro de ônibus. É muito complicado, até porque é muito alto. É igual a um cara que tem uma Ferrari. Eles não fazem o seguro porque é muito caro. Normalmente, o seguro é feito com carros mais baratos”, exemplifica.