Bahia volta a jogar pelo Nordestão, desta vez contra o Náutico

Tricolor ainda não ganhou em casa pelo regional e busca liderança

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  • Vitor Villar

Publicado em 22 de fevereiro de 2018 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Felipe Oliveira / EC Bahia

Foi na Fonte Nova, e pela Copa do Nordeste, que o Bahia viveu um dos momentos mais preocupantes à torcida neste início de temporada. Na única partida em casa pelo regional, o tricolor perdeu por 1x0 do Botafogo-PB, gerando logo de cara pressão sobre o trabalho do técnico Guto Ferreira. Era o primeiro jogo do ano, no dia 18 de janeiro.

Em pouco mais de um mês, o clima para retornar à Fonte Nova e à Copa do Nordeste é outro. O Esquadrão recebe hoje o Náutico, às 21h45, sem perder há seis jogos e com um capital simbólico positivo: o desfecho do Ba-Vi de domingo, vencido pelo tricolor por 3x0 depois do Vitória forçar a quinta expulsão e ficar com seis jogadores em campo.

“O clima ruim passou longe daqui. Se existe um clima ruim em algum lugar, não chegou até a gente. Estamos há alguns jogos sem perder, só foram os dois primeiros da temporada e depois disso nada”, avalia o atacante Kayke, que foi titular no Barradão.

“É óbvio que uma equipe como a do Bahia, com o elenco que se formou aqui, se espera resultados positivos com frequência, mas nem sempre vão acontecer. O que a gente busca é jogar melhor sempre. Nosso time vem evoluindo jogo a jogo e com certeza vamos mostrar isso nessa partida”, completa Kayke.

O centroavante reconheceu uma aproximação maior da torcida após o Ba-Vi e espera o mesmo hoje à noite na Fonte Nova. “O que aconteceu na última partida foi realmente muito ruim para todos, tanto jogadores como torcedores. Acho mais do que justo que quem foi no clássico tenha a oportunidade de ver a partida de agora. Diante da nossa torcida e no nosso estádio, a gente espera fazer um ótimo jogo”, afirma.

O camisa 21 se refere à promoção feita pelo clube, que dará ingresso de graça para os torcedores que foram ao clássico, como retribuição pela presença no Barradão.

Cadê os gols? Outra forma de retribuir é com gols. Se o Bahia vencer o jogo, abrirá cinco pontos de vantagem para o Náutico, terceiro colocado.

Presente em cinco dos oito jogos do tricolor em 2018, o centroavante fez apenas um gol. Foi justamente no único triunfo do Bahia na Copa do Nordeste, contra o Altos, por 2x0, em Teresina.

Desde então, a fonte dele em particular secou. Nem na goleada por 6x1 sobre o Vitória da Conquista, em que foi titular, o camisa 21 conseguiu fazer gol. Pelo contrário, acabou substituído no início da etapa final por Hernane, que balançou as redes três vezes.

“Eu sou centroavante, mas a responsabilidade de marcar gols tem que ser de todos. Eu sou a referência na frente, faz parte da posição e gosto do desafio. Se eu entrar e fizer gols, ótimo. Mas quando não marco, não fico triste. O que me deixa triste é quando faço uma má partida e não consigo ajudar o time de alguma maneira”, rebate Kayke.

De fato, naquele mesmo jogo do Nordestão ele mostrou que pode ajudar o time de outra forma. Foi dele o passe para o segundo gol tricolor, feito por Zé Rafael.

Em relação ao Ba-Vi, o técnico Guto Ferreira só não terá o goleiro Douglas. O titular sofreu um acidente doméstico e acabou cortando o pé. No seu lugar, jogará Anderson.

Os quatro atletas expulsos no clássico – Lucas Fonseca, Vinícius, Edson e Rodrigo Becão - poderão jogar normalmente, já que a suspensão só será cumprida no estadual.

Sendo assim, fora o goleiro, Guto vai repetir a escalação titular do Ba-Vi. Curiosamente, o time de logo mais, com Anderson, é rigorosamente o mesmo que entrou em campo contra o Vitória da Conquista e goleou por 6x1.