Bomba que atingiu cinegrafista foi atirada por manifestante, diz delegado

Perícia apreendeu fragmentos da bomba, classificada como do tipo rojão de vara

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Publicado em 7 de fevereiro de 2014 às 17:48

- Atualizado há um ano

O delegado responsável pelas investigações sobre a bomba que atingiu o cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, Maurício Luciano, disse ter convicção de que o artefato foi jogado por um manifestante e não pela Polícia Militar. Ele acompanhou a perícia feita no local durante a manhã desta sexta-feira (7), quando foram apreendidos fragmentos da bomba, classificada por ele como do tipo rojão de vara.“Tenho a convicção de que este artefato não foi deflagrado pelas forças de segurança, mas por pessoas que estavam participando da manifestação”, disse o delegado, durante coletiva na Chefia de Polícia.O delegado pediu que eventuais testemunhas que tenham visto o rosto de um homem suspeito, fotografado próximo ao artefato, procurem a 17ª Delegacia de Polícia para prestar informações. Ele garantiu que o depoimento será anônimo.O inspetor de polícia Elington Cacella, do Esquadrão Antibombas, disse que o artefato é vendido livremente em casas de fogos para maiores de idade. Ele fez um teste soltando um rojão igual ao que teria sido lançado contra o cinegrafista. Tem 60 gramas de pólvora, é de categoria D e só poderia ser lançado em via pública com autorização prévia. “Ele pode levar até a morte. Todo artefato representa risco”, disse Cacella.Cinegrafista da TV Bandeirantes foi ferido na cabeça por estilhaços de bomba Um primeiro rojão, semelhante ao que explodiu em cima do cinegrafista, havia sido lançado dentro do prédio da Central do Brasil, onde ocorria a manifestação, segundo um integrante do Esquadrão Antibombas.[[saiba_mais]]