Bonfim: homem acusa vizinha de roubo e é atacado por ela com ácido 

A vítima foi socorrida e encaminhada para o HGE, onde permanece internada

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  • Nilson Marinho

Publicado em 18 de janeiro de 2018 às 09:05

- Atualizado há um ano

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Um homem foi queimado com ácido depois de ter seu barraco supostamente furtado na noite desta quarta-feira (17). O crime aconteceu por volta das 19h, na Rua Visconde de Cabo Frio, no bairro do Bonfim.  De acordo com informações do boletim de ocorrência do posto da Polícia Civil do Hospital Geral do Estado (HGE), Paulo Xisto Orácio, 54 anos, sofreu queimaduras no rosto e axilas.

A autora do crime, ainda de acordo com o boletim, é uma mulher conhecida como Helenice, que é vizinha de Paulo. O homem contou aos policiais que a mulher teria entrado na sua casa e furtado vários pertences. Ao ser questionada pelo furto, Helenice jogou a substância na vítima. 

Policiais militares da 17ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) foram acionados para averiguar a tentativa de homicídio. "O homem contou que acusou a vizinha de ter roubado objetos da casa dele e, em seguida, ela jogou um produto que causou ferimentos no rosto dele. A guarnição socorreu o homem para o Hospital Geral do Estado (HGE)", disse a PM em nota. 

A vítima permanece internada no HGE. Ele foi ouvido nesta quinta (18) no próprio hospital. 

Legítima defesa Em depoimento na 3ª Delegacia (Bonfim), Helenice contou que Orácio entrou no seu barraco e começou a agredí-la com um pedaço de pau. Ele estava atrás de um ventilador seu, que suspostamente teria aparecido no barraco da mulher. Na tentativa de fazer com que o homem parasse com as agressões, ela atirou nele ácido que era usado para desentupir banheiros.

"Realmente, ela esteve aqui e tinha várias escoriações no corpo, o braço estava roxo e ela tinha um corte na sobrancelha", revelou o delegado Victor Spínola Bastos, titular da 3ª Delegacia. Segundo a autoridade, a mulher era magra e de aparência frágil. Ela foi encaminhada para fazer perícia. Somente após o avanço das investigações é que será posssível saber se ela será indiciada por lesão corporal ou se realmente se trata de um caso de legítima defesa. 

O delegado informou que todos moram em uma fábrica de biscoito abandonada. Por lá, a maioria é usuária de drogas e o tráfico é frequente. "Já tivemos vários problemas ali, como casos de roubo, furto e estupro", contou.