Bons ventos do Norte

Jairo Costa Júnior, com Luan Santos

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  • Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2017 às 22:04

- Atualizado há um ano

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Apesar do cenário de recessão econômica, 54% das cidades baianas com mais de 30 mil habitantes têm saldo positivo na geração de empregos em 2017. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, apontam que, dos 91 municípios avaliados, 53 tiveram mais contratações do que demissões entre janeiro e setembro. A líder do ranking na Bahia é Juazeiro, no Norte, que gerou  15.044 postos de trabalho contra 9.775 desligamentos – diferença positiva de 5.269. Agropecuária e indústria foram os setores com maior superávit. O município ocupa a sexta posição no ranking nacional, segundo o Caged.

Em alta Em segundo, vem Casa Nova, também no Norte. Este ano, foram gerados 5.788 empregos na cidade, contra 2.861 demissões - saldo positivo de 2.927 postos. Com pouco mais de 60 mil habitantes, a cidade se destaca pela fruticultura. “Este ano, o setor gerou muito emprego no Norte, especialmente de agosto a outubro, momento da safra”, conta o deputado estadual Roberto Carlos (PDT), que tem base eleitoral na região. 

Se trata de um claro desvio de prioridades no uso do dinheiro público Leur Lomanto Júnior é líder da oposição na Assembleia, ao criticar o patrocínio do governo do estado ao show de Paul McCartney

Corda no pescoço O início do julgamento das contas de 2016 das prefeituras baianas, em setembro, confirma os prognósticos pessimistas dos prefeitos. Das 16 cidades analisadas até agora pelo Tribunal de Contas dos Municípios, nove tiveram as finanças rejeitadas e sete, aprovadas com ressalvas. A superação do limite de gasto com pessoal é o principal fator para as reprovações e ressalvas feitas pela Corte. Os prefeitos têm reivindicado a retirada dos custos com programas federais dos gastos com servidores, como forma de dar sobrevida aos municípios diante da queda de receita.

Ação e reação O cenário eleitoral de 2018 está na mesa das negociações em torno da votação da nova denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), que deve ocorrer na próxima terça. A avaliação de deputados ouvidos pela Satélite é que as legendas não vão pressionar demais os  parlamentares por temer a perda de quadros na janela de trocas partidárias em março. No entanto, a birra pode custar fatias do fundo partidário, disputado no período eleitoral. “Se o deputado não quiser seguir a orientação, o partido ficará quieto, mas depois vem a eleição”, avalia um parlamentar.

Sinal de paz Após tracarem farpas, os presidentes da União dos Municípios da Bahia (UPB), Eures Ribeiro (PSD), e dos Vereadores (UVB), Edylene Ferreira (PR), se reuniram pela primeira vez na última semana e ensaiaram uma parceria entre as entidades. O objetivo central é discutir o pacto federativo. “Grande parte dos recursos fica com a União e isso precisa ser debatido”, diz Edylene. 

Novo alvo Em contrapartida, Edylene Ferreira reclamou da dificuldade para agendar uma conversa com o governador Rui Costa (PT). Ela quer que o petista crie uma agenda para atender vereadores, assim como fez o governador de São Paulo, Geraldo Alkmin (PSDB). “Estive com Alkmin há duas semanas, mas aqui não conseguimos”, critica.