Brasil e Bahia fecham 2017 com saldo positivo de empregos formais

Estado terminou o ano com saldo de 839 vagas com carteira assinada

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  • Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2018 às 15:48

- Atualizado há um ano

Depois de uma relativa estabilidade nos números da economia brasileira em 2017, já era hora do mercado de trabalho dar sinais de reaquecimento. Foi isso que mostrou o balanço do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) para 2017. Os números divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho apontam que o resultado do ano passado foi o melhor em três anos, apesar de ter fechado o acumulado de 12 meses com saldo negativo de 20.832 vagas com carteira assinada.

Isso porque desde 2014 - quando foram criadas 420,69 mil vagas – os números eram ainda piores. Em 2015 e 2016, foram 1,534 milhão e 1,326 milhão de vagas a menos, respectivamente. “Aqueles foram os piores resultados da série histórica do Caged, mas em 2017 o impacto positivo das medidas do governo já foi sentido, revertendo a tendência de retração do mercado de trabalho formal”, afirmou o ministro do Trabalho substituto, Helton Yomura.

O saldo de 2017 é a diferença entre as contratações (14.635.899) e as de demissões (14.656.731) registradas no ano. “Para os padrões do Caged, essa redução em 2017 é equivalente à estabilidade do nível de emprego, confirmando os bons números do mercado na maioria dos meses do ano passado e apontando para um cenário otimista neste ano que está começando”, disse.

Setores  No ano passado, a geração de empregos formais foi liderada pelo Comércio, com saldo positivo de 40.087 postos de trabalho formais. Resultado bem superior aos de 2016, quando foram registradas perdas de 197.495 vagas, e de 2015, quando foram fechados 212.756 postos.   Também houve saldo positivo na Agropecuária, que abriu 37.004 postos em 2017, revertendo a queda de 2016 (-14.193 vagas); e em Serviços, com 36.945 novos postos, interrompendo as quedas de 2016 e 2015 (-392.574 e -267.927, respectivamente).   Já a Construção Civil e a Indústria de Transformação tiveram as maiores reduções em 2017 (-103.968 e -19.900 postos, respectivamente). 

Bahia Os baianos têm ainda mais motivos para comemorar o balanço anual do Caged. O saldo entre admitidos e dispensados em 2017 ficou positivo em 839 vagas com carteira assinada. Na análise por setores, o destaque foi a Construção Civil, que eliminou 6.522 postos de trabalho formais no ano. O comércio extinguiu 833 vagas, ao todo, mas o comportamento foi diferente em seus subsetores. Enquanto o comércio varejista desligou 2.021 trabalhadores, o comércio atacadista contratou 1.188 em 2017. Extrativa Mineral também fechou postos (-127).

Por outro lado, os setores com saldo positivo de emprego foram Serviços (2.508), Agropecuária (2.152), Administração Pública (1.852), Serviços Industriais de Utilidade Pública (1.132) e Indústria de Transformação (677).

Mulheres Os números do Caged mostram ainda, no que diz respeito aos dados nacionais, que as mulheres foram mais atingidas pelo desemprego no ano passado: o número de demissão de mulheres superou o de contratações em 42.526 postos. Já para os homens, o resultado ficou positivo: 21.694 vagas abertas a mais do que fechadas.

De acordo com Mário Magalhães, do Ministério do Trabalho, o resultado está relacionado com a recuperação mais acelerada, em 2017, de setores da economia que “tipicamente” criam postos para homens, como é o caso da agricultura e repositor de mercadorias. Veja no quadro abaixo as ocupações que mais demitiram.