Brasileiro morre após acidente em estação de esqui na Argentina

Família reclama de demora na liberação de corpo e suspeita de negligência

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  • Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2017 às 21:31

- Atualizado há um ano

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Robson Cilaberry, 25 anos, morreu depois de sofrer um acidente em uma estação de esqui em Ushuaia, na Argentina. A família do brasileiro tenta trazer o corpo do rapaz para enterro no Rio de Janeiro desde o dia da morte, 8 de agosto, mas tem esbarrado em várias dificuldades. O corpo deveria finalmente chegar nesta terça, para sepultamento na quarta, o que não aconteceu.

"Meu irmão morreu dia 8 e dia 11 o corpo foi para Buenos Aires. O despachante que contratamos disse que essa era a parte mais difícil, tirar ele de Ushuaia. Quando o corpo chegou em Buenos Aires, ele disse ao meu irmão que não havia mais nada que ele pudesse fazer na Argentina e que poderia voltar para o Brasil, porque ele mesmo resolveria os trâmites finais. Entramos em contato com o consulado, que está ciente de tudo, mas a Argentina não passa informações para o consulado. Eles dizem que precisam de autorização dos Ministérios e que, por causa das eleições por lá, tudo vai seguir um trâmite normal. Nem nosso despachante pode fazer algo. Há somente informações superficiais", exploca Danielle Duarte, em entrevista a O Globo.

A família estuda ir até a Argentina para acelerar os trâmites, agora que velório e enterro foram desmarcados. "Meus pais estão muito mal. A notícia da morte dele já foi um choque. Não é possível que questões burocráticas sejam maiores que questões humanas", reclama.

Robson foi achado morto no dia 8 de agosto, pelo irmão com quem viajava, dentro do quarto de hotel. Ele sofreu um tamponamento pericárdico - quando o pericárdio acumula líquido. A família suspeita que ele tenha tido um atendimento negligente depois de sofrer um acidente de esqui.

"Meu irmão foi atendido em um posto de atendimento. Não teve nem um raio-x. Ele estava reclamando de dor e não conseguiu nem descer no teleférico, precisou ir de ambulância. Deram apenas um remédio para dor e levaram ele para o hotel. No dia seguinte, meu irmão tentou acordá-lo, mas não conseguiu", conta.

O Itamaraty afirmou que está prestando apoio à família e que a lei argentina determina que o corpo só seja liberado depois de toda investigação sobre a circunstância da morte. Há possibilidade de o corpo ser liberado até o final da semana, acredita o órgão.