Cães e escâneres são usados para revistar passageiros que chegam para o Carnaval

Segundo a PF, as apreensões mais comuns são de haxixe e ecstasy

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  • Bruno Wendel

Publicado em 1 de fevereiro de 2018 às 14:10

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Operação conjunta das polícias Civil e Federal visa combater tráfico de drogas e ações ilícitas no aeroporto durante o Carnaval (Foto: Divulgação/Polícia Civil) O combate ao tráfico de drogas e a outras ações ilícitas está sendo reforçado no Aeroporto Internacional de Salvador para o Carnaval. Escâneres e cães farejadores são usados diariamente para revistar passageiros e bagagens que desembarcam desde o dia 17 de janeiro. 

O objetivo principal é impedir a entrada de drogas, armas e contrabando no estado, no período que antecede o Carnaval e durante a folia.

O trabalho é desenvolvido pelas polícias Federal e Civil, além da Receita Federal, durante a operação Voo Legal. Já foram revistados até a quarta-feira (31), aproximadamente 4 mil passageiros que desembarcaram em 26 voos.

Segundo a PF, as apreensões mais comuns são de haxixe e drogas sintéticas, como ecstasy. “Porque não são produzidas no Brasil e há uma procura maior nessa época”, declarou a delegada Indira Croshere, chefe da Delegacia de Imigração da PF. 

Operação Segundo a Polícia Civil, a escolha dos voos que serão vistoriados é feita pela PF, baseada no conhecimento que detêm de rotas com maior probabilidade de flagrar traficantes e contrabandista. 

“O avião, então, é orientado a fazer o desembarque em local onde o fluxo é menor, evitando transtorno à rotina do aeroporto”, explica delegada Indira Croshere. 

Segundo o delegado André Garcia, do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) da Polícia Civil, não existe perfil definido para pessoas que trazem drogas, por isso às abordagens são indiferentes ao gênero ou idade do cidadão.

As bagagens de todos os passageiros são submetidas aos escâneres que podem revelar algum item suspeito. Caso isso ocorra, elas são revistadas pelos policiais e agentes que integram a operação.

Os cães farejadores da COE também estão de prontidão, caso haja suspeita da presença de drogas. Os cachorros são treinados desde filhotes para identificar o cheiro dos entorpecentes mesmo camuflados entre itens com odores muito ativos, como café. 

Veja a ação de um cachorro na fiscalização:

Operações A ação faz parte de uma série de outras desenvolvidas pelo Draco, como descreve o delegado André Garcia. “Nesse período há um aumento de pessoas na cidade e, com isso, aumenta também o número de traficantes que tentam trazer drogas para comercializar na capital”, salientou.

Com o objetivo de impedir que essas drogas cheguem a Salvador por outros meios, como o terrestre, marítimo e até por encomendas dos correios, as operações denominadas Mar Seguro, Pista Limpa e a Correspondência Legal ocorrem antes e durante a folia momesca.