Carnaval de Salvador deve atrair 770 mil turistas em 2018

A maioria - 400 mil - vem de cidades da própria Bahia

  • D
  • Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2018 às 05:15

- Atualizado há um ano

Com a chegada do Carnaval, a temperatura em Salvador parece subir ainda mais. Andando pelo Farol da Barra dá para sentir a energia de quem mal pode esperar para curtir atrás dos trios elétricos. É o caso das  irmãs gêmeas Tainá e Talita Ramos, 18 anos, de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Depois de dez anos, elas finalmente passarão o Carnaval na capital e integram o grupo dos cerca de 400 mil turistas da própria Bahia que curtirão a festa em Salvador. Tainá e Talita Ramos, 18 anos, vêm de Simões Filho para a festa (Foto: Betto Jr./CORREIO) A estimativa foi feita pela prefeitura, que espera um total de 770 mil turistas na festa. Destes, a maioria é formada por baianos (400 mil), seguidos de 300 mil visitantes de outros estados brasileiros e de 70 mil estrangeiros.

A chegada dos turistas movimenta o setor de hotelaria da capital que, de acordo com levantamento da prefeitura, deve preencher mais de 90% dos quartos espalhados pelos 400 hotéis.

O setor é ainda mais otimista. “Esperamos preencher até 100% dos hotéis da cidade. Tivemos índices históricos nos últimos três anos”, afirma o presidente da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação (FeBHA), Silvio Pessoa.

Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia (Abih-BA), Glicério Lemos, a temporada tem sido excelente. “A expectativa é de que o investimento no setor seja 20% maior que o ano passado, quando lotamos pouco mais de 95% dos hotéis. Estamos torcendo para que o Carnaval dê uma mídia espontânea grande, isso fortalece o evento e toda cadeia do turismo”, diz. As reservas variam de R$ 150 a R$ 10 mil, a depender do local. Vittor Souza, 18, já está na contagem regressiva (Foto: Betto Jr./CORREIO) Para quem é soteropolitano como o dançarino Vittor Souza, 18, é só contar os dias, entrar no clima e se preparar para folia. “Curtir, ouvir música e dançar. O Carnaval é uma época para você ser livre. Para você andar sem medo na rua, principalmente para mim que sou homossexual. Você veste o que quiser. É uma festa acolhedora. Uma festa com a cara da Bahia”, comenta.

*Integrante da 12ª turma do Correio de Futuro, orientada pelo chefe de reportagem Jorge Gauthier