Comércio abre as portas e ônibus voltam a circular no bairro da Boca do Rio

Na sexta-feira (11), um toque de recolher foi instalado após a morte de uma das lideranças da facção Bonde do Maluco (BDM), Marcelo Batista dos Santos, o Marreno

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  • Bruno Wendel

Publicado em 12 de agosto de 2017 às 15:45

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Arisson Marinho/CORREIO

A normalidade voltou ao bairro da Boca do Rio. Comércio manhã de portas abertas e os moradores tiveram acesso ao transporte público. Isso porque, um toque de recolher foi instalado após a morte de uma das lideranças da facção Bonde do Maluco (BDM), Marcelo Batista dos Santos, o Marreno. Ele morreu em confronto com policiais em Camaçari.  (Foto: Arisson Marinho/CORREIO) De acordo com o titular da Delegacia de Homicídios Múltiplos (DHM) e integrante da Força-Tarefa, Odair Carneiro, Marreno era da Boca do Rio. A morte de Marreno também teria relação com ônibus queimado na região do antigo Centro de Convenções na noite de quinta-feira (10). 

No dia seguinte, Fábio Carvalho de Santana, 19 anos, foi preso suspeito de participar do ataque ao ônibus. Um adolescente de 15 anos já havia sido apreendido por participar da queima do mesmo coletivo.

Boca do Rio O termômetro para a instalação da normalidade no bairro da Boca do Rio foi a circulação dos ônibus. “Desde às 5h30 que ônibus circulam normalmente. Ontem, não, tudo parou. Mas hoje, está tudo tranquilo, graças a Deus”, disse a dona de casa Tânia Maria Azevedo Paim, 47 anos.  (Foto: Arisson Marinho/CORREIO) “Bastou os ônibus circularem que todo mundo abriu as portas. Eu estava apreensiva, mas, como tudo foi funcionando aos poucos, resolvi abri a loja”, declarou Maria da Glória Santos, 35, gerente de uma loja de conserto de celulares. 

No final de linha, onde os ônibus não circulavam desde a manhã de ontem, moradores disseram que estavam tranquilos. “Acredito que foi algo pontual. Já vi aqui dois umas três viaturas da Polícia Militar circulando por aqui só em meia hora que saí de casa e vim para o ponto”, relatou o mecânico José de Abreu Santos e Santos, 28.  

Avenida Jorge Amado Na Avenida Jorge Amado, onde pelo menos cerca de 50 estabelecimentos comerciais, entre churrascarias, salões de beleza e consultórios de dentistas, que aderiram ao toque de recolher, hoje funcionaram normalmente. 

“Como todo mundo fechou ontem, fiz o mesmo. Mas hoje, abrir normal”, disse Marcos Melo, 51, proprietário de uma oficina mecânica.  Neide Aparecida, 35, funcionária de um mercadinho, disse que só veio trabalhar porque fora informada que os colegas já estavam no trabalho. “Moro aqui perto, mas só vim porque tive a certeza de que tudo estava tranquilo. Isso porque liguei e eles (colegas) disseram que poderia vir”, contou.

Uma churrascaria às margens da avenida estava lotada. “Algumas pessoas vieram timidamente, mas vieram. Os clientes antigos da casa ligaram desde cedo procurando saber se iríamos abrir e se tudo estava tranquilo, e tudo está tranquilo, graças a Deus. Tem polícia passado aqui toda hora”, disse Mateus Almeida, 24, um dos garçons.