Concha recebe show em celebração aos 40 anos de Refavela, de Gil

Gil, filhos e amigos se reúnem em um dos palcos mais importantes da cidade neste sábado, às 19h

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  • Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2017 às 11:25

- Atualizado há um ano

. Crédito: (Foto: Paola Alfamor/Divulgação)

Um dos mais belos e emblemáticos discos da carreira de Gilberto Gil, Refavela completa 40 anos. Salvador não ficou de fora da turnê comemorativa, e, neste sábado (23), filhos, amigos e o próprio Gil sobem ao palco da Concha Acústica, às 19h, para apresentar o show Refavela 40. O álbum é considerado um dos mais africanos de Gil, já que é inspirado em sua viagem à Nigéria.

Estarão sob a batuta de Bem Gil, idealizador, diretor artístico e musical do projeto, além do anfitrião, os cantores Céu, Moreno Veloso, filho de Caetano, e Maíra Freitas, filha de Martinho da Vila, acompanhados por Ana Cláudia Lomelino e Nara Gil, filha mais velha de Gil.

O time de músicos inclui Bruno Di Lullo, Domenico Lancellotti, Thomas Harres, Thiagô de Oliveira e Mateus Aleluia, filho do cantor e compositor baiano Mateus Aleluia. Além deles, a banda conta com o próprio Bem, que garante que a ideia sempre foi não dar trabalho ao pai, além do necessário.

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O show trará novas leituras das dez faixas do disco, além de canções que fizeram parte do show original. Com algumas obras-primas, como a música título, Ilê Aiyê, Norte da Saudade, Sandra, Era Nova, Aqui e Agora, Balafon, entre outras, o disco foi gravado em 1977 no estúdio de 16 canais da Phonogram e segundo o cantor e compositor Gilberto Gil “era época do movimento Black Rio, com o funk começando por aqui e eu quis gravar algo como aquela versão de “Samba do Avião”, o disco era pra isso, para registrar os “aforismos” que havia na época - como era a juju music de Balafon e os blocos afro-baianos do Ilê Aiyê”.

Há 40 anos Gil fez sua primeira viagem à Nigéria para participar do Festac em Lagos, onde reencontrou uma paisagem suburbana muito similar aos conjuntos habitacionais construídos na década de 50 no Rio de Janeiro e Salvador, que tinham nas duas cidades o objetivo de recuperar a dignidade das pessoas por meio de uma moradia melhor, muitas vezes transformadas em novas favelas.

Refavela foi estimulado, segundo Gil, por este reencontro, de cujas visões nasceram também a própria palavra, embora já houvesse o compromisso conceitual com o re para prefixar o título do novo trabalho, de motivação urbana, em contraposição a Refazenda, o anterior, de inspiração rural, e que junto com Realce moldaram a trilogia criada pelo compositor. 

Serviço: Sábado (23), às 19h, na Concha Acústica. Ingressos: R$ 80 | R$ 40 (plateia);   R$ 160 | R$ 80 (camarote)