Conheça a mulher empreendedora mais jovem do setor varejista alimentício da BA

Formada em Direito, ela é CEO da rede Corujão, localizada em Feira de Santana

Publicado em 14 de junho de 2021 às 13:34

- Atualizado há 10 meses

. Crédito: Taila Silva

O empreendedorismo feminino tem sido um importante aliado na luta das mulheres por igualdade social e por mais espaços no mercado de trabalho. De acordo com os dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), realizada pelo IBGE, cerca de 9,3 milhões de mulheres estão à frente de negócios no Brasil.

Na Bahia, Daniela Lacerda, 29 anos, vem caminhando na contramão de um mercado majoritariamente masculino e acaba de se tornar a mulher mais jovem do setor varejista alimentício, segundo a Associação Baiana de Supermercados (ABASE).

Ceo da rede Corujão, localizada em Feira de Santana, a empresária possui BA em Gestão de Empreendedorismo e Pessoas e graduação em Direito pela UNIFAN. Em conversa com o Alô Alô Bahia, Dani revela que apesar da posição de liderança, não é fácil estar em um setor composto em sua maioria por homens, como o ramo supermercadista. “No meu âmbito profissional, lido com muitos homens que, por eu ser mulher, mãe e casada, diversas vezes questionam a minha competência e capacidade de gerir grandes negócios”, pontua.

Em sua trajetória profissional, Lacerda percebeu que o empreendedorismo despertava a sua atenção ao enxergar o quão longe conseguiria ir e quantas transformações poderiam se realizar na sociedade. “O empreendedorismo com propósito sempre foi meu alvo. Não enxergar apenas números, mas o sucesso e a possibilidade da construção de negócios, apostando em sustentabilidade, geração de empregos e crescimento socioeducativo está na minha história”, revela.

Como muitas empresárias, Dani Lacerda começou a empreender de maneira informal, como “sacoleira”, e em menos de um ano conquistou o faturamento de 100 mil reais, vendendo roupas e acessórios. “Sempre busquei diferencial no que proponho ao consumidor/cliente, e nesse período já fazia importação de vestidos de bandagem, que na época era uma grande tendência com escassez no mercado local”, relata.

Filha de uma dona de casa e de um comerciante com berço no sertão, ela destaca que o reconhecimento pela ABASE lhe proporciona novos desafios.  “No cenário supermercadista, o meu destaque como mulher mais jovem à frente do setor foi realmente sensacional. Saber que sou relevante em um ramo ainda tão voltado para o público masculino, com certeza me impulsiona a abrir ainda mais frentes de trabalho para que outras mulheres se sintam encorajadas e motivadas”, finaliza.

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