Cúpula do DEM defende autonomia de Neto para formar chapa e alianças

Jairo Costa Júnior, com Luan Santos

  • D
  • Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2018 às 08:30

- Atualizado há um ano

. Crédito: .

Em meio às negociações com partidos de oposição ao PT na Bahia, o comando nacional do DEM estabeleceu como cláusula pétrea que o prefeito ACM Neto (DEM) tenha autonomia total para montar a chapa majoritária em uma eventual candidatura ao governo estadual e decidir sobre acordos com os aliados. O que inclui o poder de escolher os nomes e legendas para as três vagas abertas - uma de vice e duas de senador. “Essa é nossa posição já fechada. O prefeito deve ter liberdade absoluta para conduzir as articulações, sem interferências externas e apoiado por partidos que estão conosco. Caso Neto dispute, é ele quem renunciará, é dele o sacrifício pessoal”, afirmou o deputado federal José Carlos Aleluia (DEM).

Devagar, devagarinho Indagado sobre a aceitação ao critério imposto pelo DEM para que ACM Neto dispute a sucessão, José Carlos Aleluia fez mistério. Disse haver focos de resistência, mas que cresce a adesão à proposta apresentada a siglas interessadas em seguir o barco oposicionista este ano.

De dentro pra fora Presidente da Assembleia,  o deputado estadual Ângelo Coronel quer construir consenso no PSD em torno de seu nome para concorrer ao Senado na chapa liderada pelo governador Rui Costa (PT). Coronel negou queda de braço com correligionários que cobiçam o mesmo espaço e desconversou sobre a possibilidade de ocupar o posto de vice na cota do PSD, apontado como o mais forte partido na corrida pelo lugar de número dois de Rui. “Isso não está em discussão agora. Sou pré-candidato a senador e não quero ser peso morto na campanha de ninguém. Se acharem que deve ser eu, estou dentro”, concluiu.

Atrás da cortina As declarações de Ângelo Coronel foram dadas após a Satélite revelar, ontem, que o presidente da Desenbahia, Otto Alencar Filho, pavimenta uma candidatura a vice-governador de Rui Costa. A notícia irritou o presidente do PSD na Bahia, senador Otto Alencar.  Em entrevista a blogs locais, Otto disse que o deputado federal Antonio Brito é quem está no páreo e descartou a entrada de seu filho na disputa por cargos majoritários. Para líderes da base governista, no entanto, o nome de Brito faz parte da nuvem de fumaça criada por Otto para despistar movimentos recentes.

Maré morta A especulação de que poderia ficar com a suplência do PP na eleição para o Senado foi tratada com indiferença por caciques do PR baiano. Com a iminente chegada do deputado federal Ronaldo Carletto (PP), a legenda já tirou dos planos o papel de coadjuvante no duelo eleitoral, mas excluiu a pressa da agenda imediata. Quer aguardar, do alto, o julgamento do ex-presidente Lula, mudanças partidárias e definição de candidaturas.

Fé sem nome Partiu do presidente nacional do PSC, Pastor Everaldo, a grita do partido por uma candidatura ao Senado na Bahia. Everaldo, contudo, negou preferência da executiva  nacional pelo deputado federal Irmão Lázaro. “Vai ser quem Eliel Santana (presidente do PSC estadual) trouxer”,  disse."Mais uma promessa  não cumprida pelo governo  virando ação da prefeitura", ACM Neto, prefeito de Salvador, ao anunciar no Twitter a reforma do trecho da orla Amaralina-Pituba, obra que foi garantida antes pelo governoPílula

Afago ao cofre - O presidente Michel Temer segue em busca de apoio dos prefeitos para a  reforma da Previdência. No primeiro repasse do ano às prefeituras, ele reajustou o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) em 10,78%, bem superior ao índice da inflação de 2017 - 2,95%. Para a Bahia, o reajuste foi 6,98%.