Desabamento na Soledade: colégio é liberado após seis meses de interdição

O local estava fechado desde o dia 24 de abril quando um casarão no mesmo quarteirão desabou deixando três pessoas mortas

Publicado em 18 de novembro de 2017 às 15:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Mauro Akin Nassor/Arquivo CORREIO

O prédio onde funciona o Colégio Carneiro Ribeiro, na Soledade, foi liberado, neste domingo (18) após inspeção técnica realizada pela Defesa Civil (Codesal). O local estava fechado desde o dia 24 de abril quando um casarão no mesmo quarteirão desabou deixando três pessoas mortas.

O prédio vizinho ao colégio, o de número 106, apresentava graves danos estruturais. "A liberação da unidade escolar foi decidida após a constatação de que foram realizadas obras de isolamento e contenção solicitadas pela Codesal", diz o diretor-geral  da Defesa Civil, Sosthenes Macêdo.

Ainda de acordo com Macêdo, foram impostas pelos engenheiros três restrições: a área administrativa do colégio deve permanecer interditada, o isolamento feito com chapas não deve ser ultrapassado e o acesso à unidade deve ser feito pelo portão superior, onde funciona um estacionamento.

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Inspeção No dia da interdição do colégio, técnicos da Codesal constataram que a parede lateral direita do casarão - colada ao colégio - corria o risco de desabar, tendo sido indicado o imediato escoramento de toda a estrutura, além de isolarem a área.

Em outra inspeção, realizada posteriormente, foi solicitada a substituição dos tapumes de compensado, já desgastados pela ação do tempo, por chapas metálicas e remontado andaime de escoramento.

O casarão de número 106 já havia sido condenado em vistorias anteriores feitas em 2009 e 2011. Para evitar novos acidentes, responsáveis por 53 casarões na Ladeira da Soledade foram notificados pela Codesal após o acidente em abril. Eles  foram orientados a evacuar os imóveis até que as estabilizações sejam realizadas.

As vistorias atestando a necessidade de manutenção predial foram encaminhadas ao Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), para que o órgão do governo do estado, em entendimento com os proprietários, tome as devidas providências para a segurança das estruturas.