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Julgamento da médica acusada de provocar acidente que matou irmãos Emanuel e Emanuelle acontecerá terça (5)
Da Redação
Publicado em 1 de dezembro de 2017 às 06:25
- Atualizado há um ano
A distribuição de senhas para assistir ao júri popular da médica Kátia Vargas começou com uma fila longa na manhã desta sexta-feira (1º), em frente ao Fórum das Famílias, em Nazaré, ao lado do Fórum Ruy Barbosa. A distribuição das senhas estava marcada para começar apenas às 8h, mas cerca de 300 pessoas já se enfileiravam no local desde a noite de ontem. A fila chegou a atingir a Rua da Independência, a cerca de 500 metros da entrada do fórum. Acompanhe:
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Saiba quem são as pessoas que vão assistir ao júri de Kátia Vargas As 220 senhas distribuídas esta manhã não foram sucientes para a quantidade de gente que aguardou empolvorosa na fila. Inconformados, alguns foram embora, outros gritaram e teve também quem não parou de acreditar e, até o último minuto, permaneceu com esperança de conseguir uma senhazinha.Clique aqui e leia mais.
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De acordo com o Tribunal de Justiça da Bahia, a capacidade da sala onde ocorrerá o júri de Kátia Vargas é de 432 lugares - mas por uma questão de segurança não haverá lotação máxima do espaço. Além das 220 senhas para plateia, foram reservadas cotas para membros da defesa e acusação, famílias da ré e vítimas, jornalistas e Ordem dos Advogados do Brasil - seção Bahia (OAB-BA).
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1h45 - foi o tempo que demorou para acabarem as 220 senhas para o julgamento de Kátia Vargas.
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Quem chegou cedo e não conseguiu senha ficou chateado:
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Jéssica Lane e Lucas Dias, estudantes de Direito das faculdades Dom Pedro e da Cidade, 4° e 6° período, chegaram 4h e ficaram sem senha para ver o julgamento. ***
Após notícia de senhas encerradas, multidão vai para portaria do Fórum das Famílias, em Nazaré. ***
PMs informam o encerramento das senhas para as últimas pessoas da fila ***
220 foram distribuídas até 9h e encerraram as distribuições. O Tribunal de Justiça da Bahia ainda não informou o motivo de ter sido distribuída apenas essa quantidade. Cabem 432 pessoas no salão. 20 senhas são para a imprensa e 18 para as famílias.
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Estudante de Direito, a pedagoga Zenilda Fonseca, 65, foi a 18° da fila. Após cerca de quatro horas e 20 minutos ela conseguiu garantir acesso ao julgamento."Cheguei a me desentender na fila, pois houve falta de respeito. Mas não vou abrir mão de estar presente, pois, para mim, já condenaram Kátia", pontuou. Apesar das horas na fila, a pedagoga discorda do júri popular para a médica. "O dolo existe quando a pessoa premedita, sai de casa para matar. Foi uma fatalidade, então, torço para que a justiça seja feita", concluiu.
***Quem pegou a senha recebeu orientações e normas de comportamento para o julgamento ***
As senhas começaram a ser distribuídas às 7h35. Em 25 minutos, 130 senhas já tinham sido distribuídas. ***
A mãe dos irmãos, Marinúbia Gomes, chegou ao local por volta de 2h30 desta sexta-feira (1º), acompanhada de um advogado, mas permaneceu dentro do carro da família, estacionado em frente ao local. Ela chegou a cumprimentar as pessoas na fila, logo quando chegou.
Pessoas que falaram com ela afirmaram que Marinúbia chegou e deu boa noite a quem já estava na fila. O número de senhas foi reduzido para 250. No total, há 432 lugares para o público. A família da acusada e dos irmãos mortos têm direito a cotas de acesso.
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Kátia Vargas é acusada de atropelar e matar os irmãos Emanuel e Emanuelle Gomes Dias, então com 21 e 23 anos, no dia 11 de outubro de 2013, em frente ao Bahia Othon Palace, na Avenida Oceânica, em Salvador.
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Distribuição de senhas começou por volta das 7h35
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Conforme a psicóloga e amiga da família dos irmãos, Maria do Carmo dos Santos, 46, Marinúbia foi orientada por advogados a não se expor mais, nem dar entrevistas."Espero que seja feita a justiça. É um caso acompanhado por todo país, ela não deveria ter conseguido esperar o julgamento em liberdade. Para a família, é algo extenso e desgastante. A Mari [mãe dos irmãos] está bem clinicamente. Mas em casa, ela tem lembrança por todos os cantos. É difícil", disse Maria, que chegou ao local acompanhando Marinubia. Presidente do Grupo Vítimas Unidas, Maria do Carmo chegou acompanhando Marinúbia Gomes ***
O caso Emanuel e Emanuelle sempre atraiu a atenção do motorista Francisco Daniel Cantuária, 24 anos. Ele chegou à Vara da Família às 22h da quinta-feira (30). Morador de Cajazeiras, contou que veio acompanhado da mãe. "Não estudo Direito, mas faço questão de estar presente neste dia. Eu acompanho desde o início e, de verdade, espero que a justiça seja feita", relatou Francisco Cantuária, que foi o segundo a chegar na fila***
A empresária Flávia Cardoso, 37, chegou por volta de 2h para tentar garantir uma das senhas. "Eu vim por dois motivos. Agregar conhecimento jurídico e por causa de uma mãe que perdeu dois filhos", contou Flávia, que também é estudante de Direito. "É um caso emblemático juridicamente. É de interesse de qualquer estudante", completou.
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Primeiro a chegar na fila, o comerciante Roberval Alcântara, 62, teme que o julgamento seja adiado. Para ele, a atração das pessoas pelo caso foi construída pela repercussão da imprensa."Pode haver essa manobra. A expectativa é grande", afirmou Roberval. Roberval Alcântara já participou de diversos júris, mas acredita que este é um dos mais marcantes (Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO) "Existem muitos casos como este e até piores, mas não têm o mesmo impacto que esse tem até hoje. Mas eu não estou aqui para especular pecador. Quero assistir justamente para ver e ouvir as partes", completou. Roberval disse ao CORREIO que costuma acompanhar alguns julgamentos.
*** Pessoas formam fila no Fórum das Famílias, no bairro de Nazaré ***
A expectativa do Tribunal de Justiça (TJ-BA) era de que as senhas fossem distribuídas até as 11h. A senha é pessoal e intransferível, e só dará direito de acesso devidamente acompanhada de documento de identidade civil (com foto). O cancelamento do cadastro só poderá ser feito de modo presencial, com documento de identificação com foto.
Leia mais: saiba como será o júri de Kátia Vargas
O júri popular acontece na próxima terça-feira (5), a partir de 8h, no salão do júri, que possui 432 lugares na platéia - 20 deles serão reservados para jornalistas, mas não serão permitidas imagens durante o julgamento. A expectativa do TJ é de que o julgamento dure aproximadamente dois dias.
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Esquema especial Um esquema especial está sendo montado para o julgamento da médica. Por conta da comoção que o caso gerou, haverá reforço no policiamento, para evitar confusões, e a presença de médicos de plantão.
No dia do júri, a expectativa do TJ-BA é de que todos os lugares na plateia estejam ocupados. Além da plateia, há assentos específicos para a juíza, para o Ministério Público, para a defesa, os jurados e para a ré. Tanto a defesa da médica quanto a bancada de acusação receberam 27 senhas cada.
De acordo com a juíza Gelzi Maria Souza, a mesma quantidade de senhas foi reservada tanto para a família da médica Kátia Vargas quanto para a família dos irmãos Emanuel e Emanuelle: nove para cada.
“A gente tem procurado a lisura do julgamento e a igualdade entre as partes”, explicou a juíza, durante o encontro com jornalistas na quarta-feira (29).