Dupla Ba-Vi não cai; façam suas apostas

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Publicado em 19 de outubro de 2017 às 05:24

- Atualizado há um ano

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A tecnologia é maravilhosa, mas o mundo analógico ainda tem seu lugar. E este lugar se exibe quando, acomodado na fila de espera pela corrida que tem demorado cada vez mais a aparecer, o taxista fita atentamente a tabela das dez últimas rodadas do Brasileirão, publicada ontem aqui no CORREIO.

Jogo a jogo, lá está ele projetando os resultados do time do coração. Não o conheço, não sei o nome, mas fiquei a meia distância a observar e deu para perceber que o sujeito é consciente. Rubro-negro convicto, não demonstrou a mesma convicção ao se deparar com o jogo de hoje entre Vitória e Atlético Paranaense. “Esse Vitória descarado não ganha uma no Barradão. Vai empatar”. E lá foi ele, dando um ponto ao Leão e cravando derrotas do Coritiba para o embalado Cruzeiro, do lanterna Atlético Goianiense para o Vasco, da Ponte Preta para o Palmeiras e também do Bahia para o Flamengo.

Os cálculos do taxista desconhecido seguiram certamente até a última rodada, mas eu não tive tempo nem paciência para esperar até o final. Até porque, quando chegou no Ba-Vi, que já é domingo, o colega ao lado, que até então aceitava os palpites do outro sem muito se intrometer, não aceitou o argumento que a Fonte Nova é a casa de praia rubro-negra. E a matemática, por um instante, deu lugar à resenha.

Aquilo foi um estímulo. Não sei se o companheiro taxista - a quem agradeço pela inspiração - concorda, mas fiz meus prognósticos também. No papel, como ele, pois assim a paixão arde mais, tal qual uma criança ansiosa para colar figurinhas. E de lápis, porque em um Brasileirão tão embolado como este, caneta faria tudo se transformar em um borrão sem fim. 

Três pra lá, três pra cá, um pontinho suado ali, uma derrota em casa para não perder o costume, um empate anticlímax contra aquele adversário que era vitória certa e pronto. Ouso cravar, para felicidade geral da nação e com a pompa de quem anuncia o matemático Oswald de Souza antes de proclamar: Bahia e Vitória não caem.

Os dois, acredite, somarão 12 pontos nos dez jogos restantes do campeonato. O tricolor terminará em 13º lugar e o rubro-negro em 15º.

O raciocínio segue a linha média mostrada pelos clubes baianos até aqui: o Bahia fará nove pontos na Fonte Nova e três como visitante. E o Vitória fará oito dos 12 pontos fora de casa, o que também não é surpresa alguma. A propósito, concordei com o taxista e marquei coluna do meio no jogo de logo mais, contra o Atlético Paranaense. Afinal, é no Barradão e não dá para confiar. Como o adversário vem de três derrotas nas últimas quatro partidas, também não dei ousadia de sair daqui com o triunfo. É coluna do meio.

No caso tricolor, o favoritismo do Flamengo por jogar em casa foi levado em consideração e não contei ponto algum. O que vier, portanto, é lucro. Mas do jeito que o Bahia jogou contra Palmeiras e Corinthians dá para trazer ponto sim. Até no plural. Rodrigão, mesmo tendo jogado mal diante do alvinegro paulista, será um desfalque considerável. Com ele em campo, Edigar Junio fica mais à vontade e joga melhor.

Quem cai: Atlético Goianiense, Coritiba, Avaí e Ponte Preta, os mesmos que estão na zona de rebaixamento atualmente. A Chapecoense escapa na última rodada, ganhando do Coritiba em casa e ultrapassando a Ponte, que encerra contra o Vasco, fora. Agora é só torcer.