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Eduardo Athayde
Publicado em 22 de dezembro de 2017 às 15:35
- Atualizado há um ano
Quando a ONU realizou a Conferência sobre os Oceanos, em junho de 2017, reunindo chefes de Governos, empresas internacionais e sociedade civil, em Nova Iorque, para apoiar a implementação do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável - ODS 14: conservar e utilizar de forma sustentável os oceanos, mares e recursos marinhos, fez uma convocação global por ações [goo.gl/xHxjY1] e parcerias destinadas a implementar soluções concretas.
A economia azul global envolve as tradicionais indústrias oceânicas da pesca, turismo, portos e transporte marítimo, mas também atividades novas e emergentes como energia renovável offshore, aquicultura, atividades extrativas do mar e atividades marinhas de biotecnologia, bioprospecção e conservação. 3 bilhões de pessoas têm o oceano como fonte primária de alimentação. Toda esta complexa rede de informações é gerenciada hoje por supercomputadores com alto poder de processamento de dados, agregando inteligência artificial e analisando o “big data” para oferecer soluções locais com perspectivas e conexões globais. (Foto: DIvulgação) O relatório do Banco Mundial “Rumo a Economia Azul: Crescimento Sustentável no Caribe”, onde vivem 170 milhões de pessoas, revela a força da economia do mar que gerou localmente US$507 bilhões em 2016, provenientes de turistas atraídos pelas praias ensolaradas e águas limpas, da carga movimentada, dos portos e da produção de petróleo e gás, todos exercendo grande pressão sobre os ecossistemas costeiros eentrando em alinhamento com o ODS 14 na busca do equilíbrio exigido pelas novas conformidades.
Na costa pacifica da Califórnia, onde vivem 30 milhões de pessoas, 80% dos postos de trabalho e 85% do PIB (US$2.5 trilhões) do estado sofrem influência direta do mar. Lá, os governos estadual, municipais e as empresas tratam os recursos não-mercantis, ou seja, produtos ou serviços que não podem ser comprados ou vendidos, como ambiente marinho, recreação, biodiversidade, qualidade da água, temperatura ambiente e ar fresco; como ativos valoráveis e agregáveis aos ativos comercializados como condomínios da orla ou terrenos com vista para o mar, mais valiosos. Qual será o valor das áreas do entorno da Baía de Todos os Santos apresentada ao mundo como Sede da Amazônia Azul?
Em 2018 a Bahia sediará o I Fórum Internacional de Eco-Nomia do Mar, na Federação das Indústrias, dia 19 de abril, em parceria com a União Europeia, o WWI-Worldwatch Institute e a PwC, reunindo os Institutos Federais e os "Sebraes Costeiros" do país. Em junho, sediará o XIX Encontro Internacional do Virtual Educa / Think Blue (Pense Azul) [virtualeduca.org/tb], numa articulação do Banco Mundial com Secretaria de Educação do Estado da Bahia, reunindo especialistas em educação do Brasil e do mundo em Salvador - todos alinhados com o ODS 14 - virtualeduca.org/encuentros/bahia2018. O ano inicia com a nova Lei dos Royalties (Lei 13.540 de 18/12/2017), que dispõe sobre a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) beneficiando municípios costeiros com operações portuárias de minerais, prospecções e instalações de beneficiamento; e o novo Plano de Ação Federal para a Zona Costeira (PAF-ZC), aprovado pela Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), presidida pela Marinha, que estimula ações pontuais locais.
Com 46 municípios litorâneos, os 1.186 km de costa da Bahia, a maior do país, são ampliados para 1.605 km quando incluídas as margens internas da Baía de Todos os Santos - Sede da Amazônia Azul, e da Baía de Camamu. Sensíveis às inovações e aos movimentos globais, entidades públicas e privadas articulam-se para atrair conhecimentos e investimentos focados na economia do mar.