Edilson Capetinha não comparece a audiência de conciliação no TRT

Sessão ocorreu nesta quarta, no Comércio; defesa do ex-jogador diz que ele viajou a trabalho

  • Foto do(a) author(a) Milena Hildete
  • Milena Hildete

Publicado em 14 de setembro de 2017 às 16:35

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Arquivo CORREIO

Edilson já defendeu Bahia, Vitória e Seleção Brasileira (Foto: Arquivo CORREIO) O ex-jogador Edilson da Silva Ferreira, conhecido como Capetinha, e sua defesa, não compareceram à audiência de conciliação com ex-funcionários, que ocorreu na manhã desta quinta-feira (14), no Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA), no bairro do Comércio, em Salvador. O ex-atleta, que responde entre 20 e 30 processos trabalhistas, chegou a ter bens bloqueados a pedido da corte, no dia 18 de agosto. Ele chegou a ser preso, também no mês passado, por não pagar a pensão alimentícia de um filho, que vive em Brasília (DF). As dívidas de Capetinha têm valor estimado de R$ 8,5 milhões, segundo o TRT.

A sessão era uma tentativa de conciliação entre ex-funcionários e sócios das empresas Ed Dez Promoções e Eventos, responsável pela antiga casa de shows Estação Ed Dez, que funcionava na Vasco da Gama, e o bloco de carnaval Bróder. A ex-mulher de Edilson, Ivana Ferreira, sócia de uma das empresas, foi à audiência com um advogado. A maioria dos ex-empregados também participou da audiência comandada pela juíza Michelle Bandeira Pires Pombo, da Coordenadoria de Execução e Expropriação do TRT. O número de ex-funcionários, no entanto, não foi divulgado.

O advogado do ex-atleta, Heleno Andrade, informou ao CORREIO que o jogador estava fora da cidade, a trabalho. “Edilson estava viajando e eu estou aguardando ele chegar, porque vamos conversar ainda hoje”, falou. “Eu não tenho habilitação nos autos dos processos trabalhistas, pois só tive acesso ao caso da pensão alimentícia”, completou a defesa.

O diretor da Coordenadoria de Execução do Tribunal, Rogério Fagundes, informou ao CORREIO que agora o processo vai ser sentenciado pela juíza Michelle Pombo.“Ele [Capetinha] não sofre nenhuma penalidade, no entanto, ele poderia ter um momento para se defender ou tentar um acordo com os credores”, afirmou Fagundes.Ainda segundo ele, os bens penhorados no processo devem quitar o débito de Capetinha.

Na mira da Justiça O CORREIO teve acesso ao relatório do TRT, onde foi instaurado um processo de penhora unificada que reúne de 20 a 30 processos trabalhistas contra Edilson, contra empresas em seu nome, como a casa de shows Estação Ed Dez, e contra pessoas ligadas a pentacampeão mundial pela Seleção Brasileira, em 2002. O fato é que a maioria dos bens do ex-craque está bloqueada.

Há também imóveis milionários penhorados ou em processo de penhora, a exemplo de uma mansão no bairro do Horto Florestal avaliada em R$ 3 milhões, e uma casa em Guarajuba, no Litoral Norte, no valor de R$ 1 milhão.

Além desses, na lista de bens bloqueados, penhorados ou em processo de penhora, tem outros dez imóveis, quatro carros, contas bancárias, ativos financeiros e saldos de cartões de débito e crédito provenientes de vendas de abadás para o bloco Bróder.

Isso porque, para buscar formas de Edilson pagar as dívidas, o TRT rastreou o seu patrimônio milionário, que estaria, em parte, nas mãos de laranjas. Por isso, o tribunal arrolou no processo unificado não só o atleta, mas um grupo econômico que envolve empresas, sócios e familiares de Edilson, inclusive a sua própria mãe, Maria de Lourdes da Silva Ferreira, a qual tem um carro em seu nome.

Além de familiares e sócios, na lista de “devedores” também consta as empresas E&E Eventos, a Ed Cem Editora Musical, a Gooold Soccer Assessoria Esportiva, a Tribrazil Produções Artísticas, a Nos Duas Indústria de Moda e mais duas empresas de intermediação de negócios.