Educação no Brasil precisa passar por uma revolução, diz empreendedor

Palestrante no Fórum Agenda Bahia lembrou que faltam políticas públicas para os jovens que deixam a escola

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  • Thais Borges

Publicado em 9 de novembro de 2016 às 16:42

- Atualizado há um ano

Dizer que a educação é a única – ou a melhor – saída para os problemas da humanidade já virou lugar-comum. Não está errado; pelo contrário. Mas como será mesmo a escola que é capaz de transformar a sociedade e até de tornar o país mais competitivo?Certamente, não é a escola que conhecemos hoje. Pelo menos é o que defende o empreendedor social Marcel Fukayama, cofundador do Sistema B Brasil e da Din4mo, uma empresa que busca fortalecer empreendedores sociais. “Uma educação que tem um ambiente do século XIX, um professor do século XX e um jovem do século XXI não vai funcionar. A escola não tem mais relevância para o jovem hoje. Marcel Fukayama começou a empreender aos 17 anos (Foto: Evandro Veiga / CORREIO) "Precisamos revolucionar a educação”, afirmou Fukayama durante sua palestra no Fórum Agenda Bahia. Para Fukayama, não existem sequer políticas públicas que consigam atingir os jovens que deixam a escola – hoje, cerca de 1,5 milhão de jovens estão fora do ensino médio. “O professor é o principal agente de transformação na educação e hoje ele não se sente valorizado, não tem instrumentos, se sente perdido e se sente excluído da própria discussão entre os jovens”, pontuou.

O problema é que, segundo ele, o Brasil tem ido na contramão do resto do mundo. Um dos caminhos, para ele, é promover uma discussão complexa e profunda sobre a educação básica no país. E isso vai muito além da polêmica reforma do ensino médio, proposta pelo governo federal em setembro, através da Medida Provisória 746/2016.

Só que, ao mesmo tempo, a discussão também precisa observar as individualidades dos jovens. Segundo Fukayama, um terço dos jovens com idades entre 15 e 29 anos que vivem na Grande São Paulo (a Região Metropolitana Paulista) está desempregado. Fukayama, aos 17 anos, começou a empreender quando, no início da década de 2000, fundou uma das primeiras lan houses de São Paulo.

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