Empreendedora conta experiência de vender para o Dia das Mães

Jamile Agda faz lembranças para festa. Ela descobriu vocação para o negócios ao fazer, por conta própria, festa para o filho

Publicado em 1 de maio de 2017 às 09:07

- Atualizado há um ano

Relato de Jamile Agda, 26 anos, mãe e empreendedora:

"Desde que tive o meu filho que eu não quis voltar para o trabalho porque queria tempo para cuidar dele. Por outro lado, o orçamento estava apertado e depois da demissão, eu vi que a rescisão deveria ser investida em um negócio. O difícil foi escolher onde empreender porque nada me enchia os olhos. Apareceram diversas opções, como venda de cosméticos, mas nada me atraía.

Em março deste ano, o meu filho fez 1 ano e eu decidi fazer uma festa. Planejei encomendar lembrancinhas, mas quando pesquisei, vi tudo muito caro, então, pensei em fazer por conta própria. Assisti vídeos de artesanato no YouTube e fiz muitas pesquisas no Google. Tentei colocar em prática o que estava aprendendo. Os primeiros ficaram horríveis, mas quanto mais eu pesquisava e praticava, mais me aperfeiçoava. Fiz lembrancinhas de feltro e alguns bichinhos para decorar a festa. Todo mundo elogiou e isso me estimulou a continuar fazendo para vender. Falei: “Vou tentar”. Tentei e está dando certo.

As primeiras encomendas foram através dos convidados da festa, que eram pessoas próximas. Depois disso, criei uma página no Facebook, que em uma semana já alcançou cem seguidores, e fiz um Instagram (@artesdajamatelie), onde coloco algumas fotos do meu trabalho. No mês passado, o orçamento foi muito apertado porque meu marido trabalha e eu não posso deixar o meu filho sozinho e isso foi o que me salvou.

Como eu não sou de Salvador, conheço poucas pessoas na cidade e a principal publicidade do trabalho tem sido o boca a boca. Para o Dia das Mães, eu aumentei a divulgação e coloquei em sites como Olx e Mercado Livre. A procura tem aumentado. Quem quer investir, basta querer. Muitas amigas me dizem que eu tenho muito talento, mas o que me fez aprender foi a necessidade. Eu nunca tinha feito nenhum tipo de artesanato antes da festa, mas não é nenhum bicho de sete cabeças. E a internet está aí, é um mundo vasto, é só se interessar e praticar".