Empresários baianos falam dos cursos de gestão do 'mestre' Oscar Motomura

Fundador do Grupo Amana Key estará em Salvador, em 27 de setembro

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  • Andreia Santana

Publicado em 19 de setembro de 2017 às 04:45

- Atualizado há um ano

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Empresários com agendas cheias de compromissos. Gestores responsáveis pelos destinos de centenas de colaboradores. Por sete dias, homens e mulheres de negócios se despem da solenidade de seus cargos para “pensar fora da caixa”. E juntos, profissionais de diversas áreas, embarcam em uma vivência diferente de todas as outras que conheciam até então e que; além de transformar suas formas de liderar, marcam suas vidas pessoais.

É assim que quem faz o APG  - Programa de Gestão Avançada do Grupo Amana Key, fundado pelo especialista em gestão, estratégia e liderança Oscar Motomura -, define a experiência vivida na companhia do "mestre", como Motomura é chamado pelas legiões de "apegeanos" que participam dos cursos no Brasil.

O especialista estará em Salvador, na próxima quarta-feira (27 de setembro), para participar do seminário Conexões, último evento de 2017 do Fórum Agenda Bahia, que acontecerá no Senai-Cimatec, em Piatã, das 8h às 18h.  

Oscar Motomura fará a palestra ‘Liderança Integrativa e a Viabilização do Impossível’, na abertura do seminário; e também vai comandar uma oficina na parte da tarde. As inscrições para o evento são gratuitas e podem ser feitas no site: www.correio24horas.com.br/agendabahia/conexoes/.

Pupilos baianos 

O APG tanto é realizado na sede do Grupo Amana Key, em uma aprazível chácara em São Paulo, quanto ocorre em várias cidades do país. O curso também possui diversos níveis, sendo um dos mais famosos, o conjunto de módulos voltados para empresários e gestores dos setores privado e público.

Aqui em Salvador, o último APG foi realizado em 2015, quando o engenheiro civil Ruy Andrade, 65 anos, e sua filha Iara Andrade Schimmelpfeng, 34, administradora de empresas, participaram da vivência comandada por Motomura.

Ruy Andrade é também acionista e presidente do Sindicato das Distribuidoras de Combustíveis do Estado da Bahia (Sindicom-BA). Para ele, a maior lição do APG é que o encontro favorece a criação de uma rede de relacionamentos. Além disso, ele enfatiza o caráter de aprendizado permanente do curso.  "Você continua o processo, não fica apenas nas vivências iniciais. Vale para a vida toda. Foi muito importante para mim. Na época, fiz com a minha filha, um genro e mais um funcionário da empresa", diz.

A filha em questão é Iara Andrade Schimmelpfeng, atual diretora-presidente da Petrobahia, que assumiu o cargo após a gestão do pai, Ruy Andrade.  A administradora de empresas revela que o APG influenciou seu trabalho ao mostrar que projetos corporativos podem e devem ter impacto social. "Temos um projeto de educação para jovens de escolas públicas próximas à empresa. Chamamos, inclusive, um deles para trabalhar conosco. Queremos influenciar de forma positiva".

Em contato

Os "apegeanos" usam ferramentas como as fanpages de Facebook e o Whatsapp para se comunicar. O Grupo Amana Key também oferece suporte para os ex-alunos. Na verdade, o conceito de ex-aluno não se aplica ao caso, porque a entidade sempre oferece novos métodos de aprimoramento e coaching.

Segundo Iara Andrade Schimmelpfeng, os "apegeanos" baianos se encontram em eventos: "É um networking  bem legal. Eles (a equipe do Grupo Amana Key) escolhem quem pode participar, tem um grupo seleto. Isso ajuda com que você sinta uma troca bacana. São experiências complementares", acrescenta.

Também discípulo de Motomura, o engenheiro eletricista Nilton Yamane Barros, 40 anos, fez o APG por indicação da empresa onde trabalha, a Companhia Hidrelétrica de São Francisco (Chesf), e acredita que a experiência fez dele um líder bem mais completo. "Muitos colegas fizeram na época. Depois da vivência tenho outra perspectiva profissional e pessoal", enfatiza."É tão difícil explicar o que ocorre lá dentro porque é diferente de uma escola que você tem o conteúdo programático e depois faz a prova. Acho que cada ação, cada exemplo trazido - e o APG é forte nisso -, cada líder, cada conceito novo, faz a gente sair de lá exaurido. A cabeça não para um minuto. Depois de um dia inteiro, você diz 'acabou', mas no outro dia não acaba. Posso dizer que mexe com o seu emocional, é mais emoção do que razão".

(Iara Andrade Schimmelpfeng)Perguntados sobre o que é o APG, os discípulos de Motomura são unânimes em responder que "só participando para saber. O formato do curso não é ortodoxo", acrescenta o empresário Ricardo Galvão, diretor executivo da RG7 Soluções, sócio da unidade baiana daTotvs - uma das maiores desenvolvedoras de sotfware de gestão da América Latina - e presidente da Câmara do Comércio Brasil-Portugal. 

Umas das empresas de Ricardo Galvão, inclusive, que presta serviços na área de treinamento e gestão, foi criada após a participação dele nas vivências com Motomura. "Acredito que o curso foi motivador, por osmose, para a criação da empresa", conta o empresário. 

Na sua época de APG, ele só sentiu falta de turmas separadas para empresários e gestores públicos. "Juntar os dois grupos provoca um choque de paradigmas e gera impasses. Acredito que fluiria melhor se fossem turmas separadas. mas ainda assim, faria o curso de novo", enfatiza.

Líderança carismática

Cada um dos "apegeanos" ouvidos pelo CORREIO destaca qualidades do "mestre" Oscar Motomura, quando perguntados sobre o estilo de suas aulas. Iara Andrade Schimmelpfeng conta que ele é uma pessoa simples e um excelente ouvinte. "Tem uma percepção fantástica, uma visão surpreendente das pessoas. A equipe de assessoria também dá um grande apoio, observa a nossa participação, toca em alguns pontos", diz, estendendo os elogios aos profissionais do Grupo Amana Kay por trás da preparação de cada APG.

Para Ruy Andrade, a performance de Motomura no comando dos APGs pode ser descrita como "fantástica!". "Ele é uma pessoa carismática, chega de mansinho, domina o público. Sou um admirador do seu trabalho", acrescenta. Enquanto Nilton Yamane Barros, além de concordar que o especialista tem bastante carisma, enumera outras qualidades importantes: "Ele tem muito conhecimento e experiência de vida, além de passar segurança no que diz".

Já Ricardo Galvão gosta do engajamento de Oscar Motomura por um capitalismo mais humanizado, "ambiental, orgânico e participativo". Além disso, o empresário baiano chama atenção para a defesa que o "mestre" faz do conceito de "felicidade empresarial", que é uma premissa que Ricardo também busca aplicar em sua carreira e negócios.

O Fórum Agenda Bahia 2017 é uma realização do CORREIO, com apoio institucional da Prefeitura Municipal de Salvador (PMS), Federação das Indústrias da Bahia (Fieb) e Rede Bahia; patrocínio da Braskem, Coelba e Odebrecht; e apoio da Revita.

*Colaborou a repórter Maryanna Nascimento