Encontro discute papel do homem no combate à violência de gênero

Evento marca o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres

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  • Carol Aquino

Publicado em 1 de dezembro de 2017 às 16:35

- Atualizado há um ano

. Crédito: Evandro Veiga/CORREIO

Na manhã desta sexta-feira (1º), diferentes atores do combate à violência doméstica e de gênero se reuniram para discutir como o homem pode atuar na prevenção desta violação de direitos. A Mesa Redonda “O papel do homem no combate à violência de gênero” foi realizado pelo Consulado Geral nos Estados Unidos e pela Associação Cultural Brasil-Estados Unidos (Acbeu) e contou com mediação do editor de inovação do CORREIO, Juan Torres.

O fundador do Instituto Papai, organização que atua em defesa da igualdade de homens e mulheres promovendo a formulação e o monitoramento de políticas públicas orientadas pela perspectiva de gênero, falou sobre campanhas desenvolvidas em Pernambuco neste sentido. “A gente tem que juntar esforços para combater o problema”, disse Benedito Medrado.

Já a promotora Livia Sant’Ana Vaz, coordenadora do Grupo de Atuação Especial em Defesa da Mulher e População LGBT no Ministério Público da Bahia (Gedem/ MP-BA), criticou a mudança do nome das Varas da Violência Doméstica para Vara da Justiça pela Paz em Casa. “O que a vara faz não é combater a violência doméstica? Então, a vara tem que dizer o que ela faz”, ressaltando que foi uma regressão por parte do Conselho Nacional de Justiça recomendar a troca de nomenclatura já que a nova contraria as conquistas do movimento de quem lutou pela existência da Lei Maria  da Penha.

O editor de inovação do CORREIO, Juan Torres, ressaltou a sensibilidade do veículo quanto a essas questões, exemplificando com a série de reportagens “O silêncio das Inocentes”, sobre a violência sexual contra mulheres em Salvador. “A gente é preocupado com as questões de gênero e com a violência de gênero e acha importante que este diálogo esteja aberto”, falou. A Beata Angélica, adida cultural do consulado geral dos Estados Unidos, reforçou a importância coletiva de dar voz a quem não tem e de contribuir para um mundo melhor.

O evento marca o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres.