'Estou atordoado com número de mortes', diz prefeito em Portugal; veja fotos

Governo português procura mais vítimas de chamas que se espalharam rapidamente em florestas

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  • Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2017 às 20:14

- Atualizado há um ano

Considerado uma das maiores tragédias em Portugal, o incêndio florestal que atingiu Pedrógão Grande no sábado (17) ainda deve ter um rastro de destruição maior. Por enquanto, foram confirmadas 61 vítimas dos incêndios, mas o governo acredita que mais vítimas sejam encontradas nos próximos dias. Os bombeiros ainda trabalham no local, com ajuda de equipes espanholas, que foram enviadas para prestar apoio.

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A provável causa para o incêndio é um raio que caiu em uma árvore na região. A hipótese de um incêndio criminoso já foi descartada pelo governo português. As autoridades disseram anteriormente que o calor de 40 graus nos últimos dias poderia ter contribuído para o incêndio, registrado cerca de 150 quilômetros a nordeste de Lisboa. Aproximadamente 700 bombeiros trabalham para tentar apagar os incêndios desde sábado.

“Esta é uma região que tem incêndios por causa de suas florestas, mas não nos lembramos de uma tragédia dessas proporções”, disse o prefeito de Pedrógão Grande, Valdemar Alves. “Estou completamente atordoado com o número de mortes”.

Uma enorme parede de fumaça grossa e chamas vermelhas brilhavam sobre a copa das árvores em uma área perto de algumas casas. A RTP mostrou imagens aterrorizantes de várias pessoas em uma estrada tentando escapar da fumaça intensa que reduziu a visibilidade a uma questão de alguns metros.

CarrosSegundo o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, pelo menos 16 pessoas morreram quando seus veículos foram envolvidos por chamas numa estrada entre as cidades de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra. Outras pessoas morreram por causa da inalação de fumaça em Figueiró dos Vinhos.

O primeiro-ministro Antonio Costa disse que as equipes de combate a incêndios estavam tendo dificuldades em se aproximar da área porque o fogo era “muito intenso”. Ele acrescentou que as autoridades portuguesas estavam trabalhando na identificação das vítimas e que socorristas espanhóis ajudariam nos esforços para controlar as chamas.