Farol Econômico: Lajedinho terá fábrica de cimentos avaliada em R$ 770 milhões

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  • Donaldson Gomes

Publicado em 25 de janeiro de 2016 às 05:28

- Atualizado há um ano

Dois anos depois de ganhar o noticiário por ter sido devastado em uma enxurrada, Lajedinho, a 350 quilômetros de Salvador e  o quinto menor município da Bahia, com menos de 10 mil habitantes, está prestes a ficar conhecido de outro jeito.

O município vai receber um dos maiores investimentos industriais já realizados no semiárido baiano. A CPX, novo grupo brasileiro no mercado de cimentos, concluiu os estudos ambientais para a implantação de uma unidade em Lajedinho, que deve receber investimentos de R$ 770 milhões para produzir 800 mil toneladas de cimento por ano.

O grupo pretende iniciar a construção da planta industrial ainda este ano, após a realização de uma audiência pública na região ainda no primeiro semestre e da licença definitiva do Inema, responsável pelo licenciamento ambiental.

A estimativa dos investidores é gerar 2 mil empregos na fase de obra, que deve durar entre 27 e 30 meses, além de 200 empregos diretos na fase de operação da fábrica e outros 600 empregos indiretos, com serviços de transporte, limpeza, manutenção, segurança, hospedagem, alimentação, etc.

“Este é um investimento importante para nós, que vai trazer enormes benefícios para toda aquela região”, acredita o presidente da CPX, Rodrigo Lara. Ele diz que o impacto econômico da fábrica de cimento vai se ampliar até outros municípios da região.

Por que lá?Lajedinho foi o município baiano escolhido para abrigar uma das três primeiras fábricas da CPX no país por conta da grande quantidade de calcário disponível e pelas condições logísticas – está na margem da BR-242, que liga o Oeste da Bahia a Salvador, dois mercados prioritários para a empresa.

“A Bahia tem um déficit de produção de cimento que nem mesmo com nossa fábrica será sanado”, destaca o presidente da CPX, Rodrigo Lara. Segundo ele, o estado usa 6 milhões de toneladas por ano e, com a fábrica em Lajedinho, vai ampliar a produção total do estado para 4 milhões de toneladas. Por conta disso, Lara diz que a CPX já chega com um plano de duplicar a unidade de produção no futuro, passando das 800 mil toneladas previstas, inicialmente, para 1,6 milhão de toneladas.

Ação deve atrair 10 mil turistasEm uma ação criativa, entidades do turismo, em parceria com a prefeitura de Salvador, vão trazer para a cidade 1,2 mil líderes de vendas das lojas CVC no Brasil. O tour de familiarização  – ou ‘famtour’, no jargão do turismo –  será  o maior já realizado na Bahia.

A prefeitura, Salvador Destination, Grou Turismo e Águia Branca conseguiram convencer a CVC, que realiza sua convenção anual na Costa do Sauipe, a adiantar a chegada da turma em dois dias. Os agentes de viagem chegam no próximo sábado e, à noite, vão curtir o Pelourinho, onde vão ser recepcionados pelo Olodum, entre outras atrações.

No domingo, a turma vai visitar o Porto da Barra, os fortes de São Diogo e Santa Maria, e passear pela orla até Itapuã. Para se ter uma ideia do tamanho do público, serão 40 ônibus para transportar os visitantes ilustres pela cidade.

Em acerto com a CVC, hotéis disponibilizaram apartamentos necessários. A Salvador Destination estima que, em 12 meses, a ação vai ajudar a trazer mais 10 mil turistas pela CVC, que já é a operadora que mais traz visitantes para a Bahia.

Se os números se confirmarem, a ação vai resultar em um aumento de 20% nas vendas da empresa. “O maior famtour que eu já vi aconteceu quando eu estava na Bahiatursa e fizemos, junto com a Varig, em que trouxemos um ‘jumbo’ de agentes de viagens italianos. Foram pouco mais de 300 pessoas”, lembra o presidente da Salvador Destination, Paulo Gaudenzi.

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