Fernando Miguel pega pênalti, Vitória vence Coritiba e deixa o Z4

Leão conseguiu o terceiro triunfo consecutivo fora de casa; 1x0, gol de Kanu

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  • Vitor Villar

Publicado em 28 de agosto de 2017 às 21:48

- Atualizado há um ano

. Crédito: Heuler Andrey / Dia Esportivo / Estadão Conteúdo

O Vitória de Vagner Mancini, definitivamente, é um leão fora de casa. Nesta segunda-feira (28) o rubro-negro confirmou a reação na Série A ao conquistar o terceiro triunfo consecutivo longe de Salvador. Depois de Flamengo e Corinthians, foi a vez do Coritiba sucumbir, por 1x0, no estádio Couto Pereira, em Curitiba.

Com os três pontos, o Vitória deixou a zona de rebaixamento para trás. Terminará a 22ª rodada em 16º, com 25 pontos - Grêmio e Sport encerram a rodada no sábado (2) e não influenciam na posição do time baiano. A diferença do rubro-negro para a Chapecoense, 17ª colocada, é de um gol de saldo: -8 contra -9 da Chape. O Leão não dormia fora do Z4 desde a 8ª rodada.

Com o quarto triunfo em seis jogos, Mancini ampliou ainda mais o seu aproveitamento à frente do rubro-negro. Agora são 72%, bem próximo do líder, Corinthians, que tem 75% em todo o campeonato. Sob seu comando, a equipe ainda não sofreu gol como visitante.

O próximo compromisso é apenas no dia 10 de setembro, desta vez em casa, no Barradão. O adversário será o Fluminense, às 16h.

Início feio

Após dois resultados tão positivos fora de casa, o Vitória procurou repetir a receita no Couto Pereira: entregou a bola para o Coritiba e buscou o contra-ataque na velocidade de David e Neilton. O problema é que o Coxa sofria com sua própria limitação técnica e, diferentemente de Corinthians e Flamengo, não atacava tanto o Leão, que, consequentemente, não teve espaço.

O resultado disso foi que os primeiros 35 minutos foram de um autêntico jogo feio. O único lance que mereceu a atenção do torcedor aconteceu aos 11 minutos, quando Alecsandro ajeitou de peito um cruzamento na área, Iago Dias dividiu com Kanu, e Rafael Longuine empurrou para o gol, mas o árbitro marcou impedimento.

Nos dez minutos finais da etapa inicial, o duelo esquentou, e muito. Aos 36 minutos, o Vitória teve sua melhor chance: David recebeu de Neilton pela esquerda, entrou na área e chutou em cima de Wilson.

Aos 41, o Coritiba teve um pênalti a seu favor. Ramon cortou de carrinho uma jogada de linha de fundo de Rildo, mas a bola acabou batendo na mão do zagueiro. Na cobrança, Rafael Longuine cobrou à meia altura e Fernando Miguel mostrou um dos seus melhores talentos. Defesaça.

A etapa final começou tão quente quanto terminou a inicial. A diferença é que o Vitória abdicou bem menos da bola, e com isso conseguiu igualar as chances de ataque com o Coritiba. A primeira chance foi do Coxa. Aos 2 minutos, Alan Santos desviou cobrança de escanteio, a bola triscou em Uillian Correia e passou raspando pela trave direita de Miguel.

Apesar disso, o Vitória amadureceu bem mais o gol. Começou aos 4, em bela jogada de David, que driblou dois e cruzou rasteiro da esquerda. A bola passou por todo mundo, inclusive por Tréllez e Neilton, que completamente livre, não conseguiu dominar.

Por volta dos 15 minutos, o Leão abdicou da estratégia do contra-ataque e passou a trocar passes na intermediária do adversário. Assim, passou também a correr riscos: aos 20, Rildo desviou cruzamento e a bola foi torta em direção ao gol; Fernando Miguel mandou para escanteio.

Foi ocupando o ataque que saiu o gol rubro-negro, e num erro do Coritiba aos 22 minutos. Após cobrança de escanteio, Rildo cabeceou para trás, dando a bola de presente para Patric. O ala, adiantado, ajeitou para Ramon, que chutou colocado para a defesa parcial de Wilson; no rebote, Kanu só fez empurrar para o gol vazio.

À frente do placar, Mancini, naturalmente, fechou o Vitória. Ainda contou com a colaboração do adversário: aos 35 minutos, em jogada de bola parada, Márcio chutou Tréllez e viu o cartão vermelho direto. Nos acréscimos, ainda deu tempo de Yago agarrar Anderson, que revidou e os dois também acabaram expulsos.