Flica acontece entre os dias 5 e 8 de outubro e anuncia primeiras atrações

Este ano, o evento homenageia o poeta e jornalista baiano Ruy Espinheira Filho; escritor cubano Carlos Moore abre programação

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  • Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2017 às 11:52

- Atualizado há um ano

Ruy Espinheira Filho é autor homenageado da sétima edição da Festa Literária Internacional (Flica)(Foto: Angeluci Figueredo/ Arquivo CORREIO)Foi divulgada na manhã desta terça-feira (18) a programação da sétima edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) que acontece entre os dias 5 e 8 de outubro na histórica cidade do Recôncavo baiano.

Este ano, o evento homenageia o poeta e jornalista baiano Ruy Espinheira Filho. O escritor de 74 anos tem mais de 20 livros de poesia e prosa publicados e já recebeu diversos prêmios, dentre eles o Jabuti, o da União Brasileira de Escritores e o de Poesia da Academia Brasileira de Letras. 

Para ele, a homenagem é uma honra. "Conheço a Flica, já participei uma vez, em 2012, em uma conversa sobre literatura e gostei do ambiente, da organização. Quero participar, já que fui convidado, para estimular essa reflexão sobre a literatura, e não só sobre ela. Sobre as artes e até sobre a consciência ética nacional que está em xeque", comenta.

Além dele, mais outros 12 nomes que irão participar das 10 mesas principais da programação foram confirmados. Os outros sete nomes serão confirmados em breve no site oficial do evento.

Dentre as atrações internacionais, o cubano Carlos Moore, que participa da mesa de abertura Os Reflexos do Passado Ancestral em Nossa Pele, com mediação do secretário de Cultura Jorge Portugal, a moçambicana Paulina Chiziane e a filandesa, naturalizada nigeriana, Minna Salami. Dentre as atrações nacionais, Maria Valéria Rezende, Ricardo Lísias, Elisa Lucinda e Cidinha da Silva. Os escritores baianos também têm espaço garantido na programação e dois nomes já foram confirmados nas mesas principais:  Daniela Galdino e Franklin Carvalho.

Leia também:Flica, Flipelô, Fligê: Feiras e festas literárias ganham espaço na BahiaEscritor cubano Carlos Moore participa da mesa de abertura Os Reflexos do Passado Ancestral em Nossa Pele, com mediação de Jorge Portugal (Foto: Divulgação)Para o idealizador da Flica, Emmanuel Mirdad, um dos grandes diferenciais do evento é celebrar autores em vida. "A gente sempre achou muito importante esse reconhecimento em vida, que o mais experiente, com todo esse legado, possa celebrar isso também. Todos os homenageados da Flica foram autores vivos", argumenta ao lembrar de outros dois grandes trunfos do evento: a programação inteiramente gratuita e o pagamento de cachê a todos autores convidados. "Todas as atrações que participam do nosso evento são pagas, a gente não aceita indicação de editora bancando o cachê, nunca aconteceu isso, a gente sempre valoriza o autor", ressalta.

Pela primeira vez assinando a curadoria, o escritor e jornalista Tom Correia afirma que a cidade é uma das grandes marcas do evento. "Acho que a cidade tem um apelo fortíssimo, histórico, cultural. São em média 30 mil pessoas que circulam em Cachoeira durante a Flica", comenta, ao indicar que a expectativa de público para o evento continua este ano.

Para as crianças, a programação da Fliquinha, que já ocorre há cinco anos dentro da Flica, está mantida. Dentre as atrações que passarão pelo evento este ano, Carolina Cunha, Emília Nuñes, Lulu Lima, Dona Zefinha, Grupa Corrupio, Debora Ladim, Renato Moriconi e A Mágica do Amor

As mesas de debate ocorrem, desde a primeira edição, no Claustro da Ordem Terceira, enquanto a Fliquinha tem lugar no Cine-Theatro Cachoeirano, outro prédio tombado pelo Iphan – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

*Com informações da repórter Laura Fernandes