Hora de negociar: especialista orienta como adequar o reajuste escolar ao orçamento

Confira também dicas para economizar na compra do material e dos livros para o ano que vem

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  • Maryanna Nascimento

Publicado em 13 de novembro de 2017 às 05:59

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Evandro Veiga/ Arquivo CORREIO

De um lado, aqueles que estão com o orçamento no azul; do outro, os endividados. Algo em comum para os dois perfis é que ambos podem tentar negociar o reajuste da matrícula de acordo com o próprio bolso. Para Thiago Nigro, consultor de investimentos e planejador financeiro, caso você faça parte do primeiro grupo, uma opção é pagar a anuidade à vista.

Mas atenção, “esse desconto tem que ser superior a 5% ou 6% para valer a pena”, afinal o investimento é alto. Para ganhar pontos na hora da negociação, ele aconselha que os pais já cheguem com a calculadora e digam ‘vou pagar à vista, mas preciso de uma justificativa para fazer isso’.

Caso o aumento da mensalidade faça com que o orçamento da família fique apertado, o educador financeiro Francisco Rodrigues recomenda o diálogo. “É preciso ser verdadeiro, levar o contracheque” e mostrar que as contas não fecham, aconselha. Pagar antes da data de vencimento e negociar quando tem mais de um filho na escola também são algumas saídas para quem quer economizar. Se esse tipo de negociação não der certo, “a família tem caixas essenciais, como moradia e financiamentos em aberto, que não podem ser prejudicados”. Ou seja, chegou a hora de mudar os filhos de escola. 

MAIS UM GASTO: COMPRA DE MATERIAIS ESCOLARES

Joseane Costa, analista de logística, tem um casal de filhos na escola: uma menina de 5 e um garoto de 13. Além de lidar com o reajuste da mensalidade escolar, todo início de ano ela ainda precisa planejar como vai arcar com os materiais escolares. O plano A é ir até sebos para procurar os livros, mas como tem sido difícil encontrar, o comum é comprar diretamente na escola. “Geralmente eu pego a segunda parcela do 13º e já guardo para comprar os materiais e dar entrada nos livros”, conta. 

O educador financeiro Thiago Nigro  dá mais duas dicas para quem tem que enfrentar essa saga e ainda quer economizar. A primeira delas é montar um grupo de WhatsApp com  mães e pais e comprar os materiais em conjunto. “Sozinho é ruim, você negocia melhor se for comprar 30 cadernos do que 2”, explica.

A outra oportunidade pode está logo ao lado da sala do seu filho. “É interessante conhecer alguém de um ano a frente e a internet possibilita muito isso. As pessoas muitas vezes não vão usar um livro que você precisa”. Com isso, dá para comprar o material usado com um desconto que pode ser superior a 50%. No outro lado da moeda, dá para vender os livros do filho para um colega mais novo e já tirar uma grana extra. Para isso, não esqueça de plastificar o material para que ele seja conservado, o máximo possível, até o próximo ano.

Dicas para economizar 

Antecedência Viu uma placa de ‘volta às aulas’ na frente da loja? Esse é um sinal de que os preços já estão subindo. Compre os materiais com o máximo de antecedência para ter melhores preços.

De galera  Conhece os coleguinhas do seu filho? Se junte com os pais deles e compre alguns materiais em conjunto. Isso pode dar desconto.

Usado  Procure colegas de séries a frente e negocie a compra dos livros. O desconto pode valer a pena.

Conserve Plastifique os livros para revender em 2019.