Iemanjá e o esporte baiano

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  • Ivan Dias Marques

Publicado em 2 de fevereiro de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Dia dois de fevereiro / Dia de festa no mar / Eu quero ser o primeiro / A saudar Iemanjá.  A Rainha das Águas, cantada nos citados versos de Dorival Caymmi em Dois de Fevereiro, estendeu sua bênção também aos esportistas baianos das águas. Podemos lembrar do futebol como o esporte que  mais alegra  o povo baiano, mas é na água que celebramos algumas das maiores conquistas esportivas da Bahia e, talvez, é onde tenhamos a maior atleta nascida aqui atualmente: a nadadora Ana Marcela Cunha, tricampeã mundial dos 25km. Além dela, a maratona aquática, que enche de braçadas a Baía de Todos os Santos e outras baías, praias e lagos do mundo, conta com Allan do Carmo.  Nas piscinas, tivemos medalhistas olímpicos, paralímpicos e pan-americanos. Edvaldo Valério, Verônica Almeida e Marcelo Collet, sendo que esses dois últimos fizeram história com travessias marítimas que desafiam a natureza. É da água baiana que temos o maior medalhista olímpico brasileiro em uma só edição de Jogos, Isaquias Queiroz, com duas pratas e um bronze no Rio-2016. Além dele, a canoagem conta com o também medalhista olímpico Erlon Souza e um futuro de muitas conquistas com Valdenice Conceição, Maico dos Santos, Andrea Oliveira, Jacky Godmann e Milton Oliveira. No remo paralímpico também tivemos um representante, Renê Pereira. Haja oferenda. Da água doce de volta para a água salgada, que receberá hoje os presentes para Iemanjá. No bodyboarding, temos Uri Valadão, campeão mundial em 2008. No surfe, Jojó de Olivença e Armando Daltro fizeram parte da elite do esporte. Bino Lopes deve seguir o mesmo caminho. No motosurfe, Bruno Jacob bateu na trave em 2016, sendo vice-campeão mundial.  Ainda no mar, as duplas Mateus Tavares e Gustavo Carvalho e Juliana Duque e Amanda Sento Sé se sagraram campeãs mundiais na classe Snipe. Nos esportes mais novos, a Rainha das Águas também deu uma força, com Babi Brazil sendo vice-campeã mundial de Stand-Up Paddle em 2014. Ou seja, hoje é dia de agradecer pelas conquistas de 2017 e de pedir a bênção para que 2018 seja melhor ainda para o esporte aquático baiano. Vista azul e branco e leve sua oferenda (biodegradável) ao mar. Odoyá!

Basquete Aleksandar Petrovic mexeu em quase metade dos convocados da seleção brasileira para os jogos contra Chile e Colômbia, pelas eliminatórias para o Mundial de Basquete da China-2019. Ainda assim, é inexplicável a ausência de Marquinhos, cestinha do NBB e melhor ala brasileiro há algum tempo. O jogador do Flamengo, líder da liga nacional, pediu dispensa da primeira convocação por problemas particulares. Não ser chamado por isso seria uma atitude drástica demais. JP Batista, líder em eficiência, também poderia ser lembrado. Em compensação, a seleção terá a volta de Leandrinho, nadando de braçada no NBB, e de Rafa Luz, que se recuperou recentemente de lesão. Já Anderson Varejão, que estreou ontem pelo Fla no NBB, estará em melhor forma que nas vitórias contra Venezuela e Chile.

*Ivan Dias Marques é subeditor do Esporte e escreve às sextas-feiras