Investidor diz ter sido coagido a contratar atletas para o Ypiranga

João Vicente da Silva afirmou ainda que dinheiro não foi depositado no clube porque presidente Emerson Ferretti teria descumprindo contrato

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  • Vitor Villar

Publicado em 18 de abril de 2017 às 20:30

- Atualizado há um ano

João Vicente da Silva, representante dos investidores que teriam investido no Ypiranga, conversou com o CORREIO. Segundo ele, contrariando a versão dada pelo aurinegro em nota oficial, a empresa que administraria o clube já foi criada, restando ser publicizada.Time do técnico Roberto Gaúcho (centro) já vinha treinando para Série B (Foto: Divulgação)

“O contrato dela, sua participação, tudo já foi feito. Houve atraso com o alvará prévio da Prefeitura de Salvador. Mas a responsabilidade dela já é dos sócios”, disse.

Ele disse que foi forçado por Emerson Ferretti a contratar 24 jogadores para que o Ypiranga disputasse o Campeonato Baiano Sub-20. Todos assinaram por cinco anos, com R$ 1 mil de salário cada, o que geraria quase R$ 2 milhões de passivo para o clube só com os seus vencimentos.

“Não queríamos disputar nada em 2017, mas ele nos forçou. Por ausência de tempo, não tivemos como levar eles para outro clube do Sr. Carlos (investidor) e eles foram registrados pelo Ypiranga. O tempo de contrato faz parte do nosso planejamento a longo prazo”, alegou.

A ideia inicial do contrato, assinado por oito anos entre o clube e o investidor Carlos de Castro Zamponi, era que os jogadores fossem contratados e registrados no Condor Atlético Clube, do Rio de Janeiro, outro time gerido por João Vicente da Silva.Silva diz que o investidor já colocou R$ 135 mil nos cofres do clube, mas parou de pôr dinheiro porque o Ypiranga não cumpriu o contrato: “Nós não tivemos segurança jurídica para continuar investindo no clube porque não  foram assinados dois aditivos contratuais”. Um deles obrigava o clube a transferir a propriedade da Vila Canária para a Aurinegro Participações S/A, a empresa que seria criada.