Investigador de polícia é morto na Ilha de Itaparica; esposa fica ferida

Pai de traficante, Edson Silva Oliveira chegou a ser preso e respondia a processo por extorsão; atualmente, era lotado no posto do Hospital do Subúrbio

Publicado em 17 de setembro de 2017 às 19:01

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Mauro Akin Nassor/ Arquivo CORREIO

O investigador da Polícia Civil Edson Silva Oliveira foi morto a tiros na tarde deste domingo (17), em Catu de Berlinque, localidade de Vera Cruz, na Ilha de Itaparica. Macarrão, como ele era conhecido, estava com a esposa quando foi atingido por disparos de arma de fogo efetuado, segundo testemunhas, por dois homens encapuzados que usavam uma motocicleta.

Segundo informações da polícia, durante a ação, a mulher de Macarrão, que não teve o nome divulgado, ficou ferida e foi socorrida para o Hospital Geral de Itaparica.

Equipes da 24ª Delegacia, com apoio de equipes da 5ª Companhia Independente da Polícia Militar, ambas unidades de Vera Cruz, investigam a morte de Macarrão, que atualmente trabalhava no posto policial do Hospital do Subúrbio. Não há informações sobre o estado de saúde da mulher.

Vida bandida O investigador respondia a um Processo Administrativo Disciplinar por trafegar com carro adulterado e por envolvimento com prática criminosa de extorsão, e chegou a ficar preso, na Corregedoria da Polícia Civil, entre novembro do ano passado e fevereiro deste ano, de acordo com informações da Secretaria da Segurança Pública (SSP).

Na ocasião da prisão, mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados ao investigador, que, segundo o CORREIO apurou junto à polícia, era pai de um criminoso que atuava como traficante de drogas e ladrão de bancos. O policial era suspeito de passar informações aos criminosos. "Dentro da polícia, todo mundo sabia do envolvimento do filho do policial com a criminalidade. Era um fato já conhecido da corporação", informou uma fonte na polícia.

Edson é o 18º policial morto em 2017 na Bahia - o quarto da Polícia Civil. Ao todo, 24 policiais civis ou militares foram baleados desde o início do ano.