Janeiro acabou: hora da realidade

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Publicado em 1 de fevereiro de 2018 às 08:52

- Atualizado há um ano

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Lucas, Bryan, Lucas Marques, Rhayner, Denilson, além de Walisson Maia, Pedro Botelho, Baumjohann e Jonatas Belusso, quarteto que já está em Salvador à espera do anúncio oficial, e de Rodrigo Andrade, outro que pode chegar. Se tudo sair como esperado, o Vitória fechou o mês de janeiro com 10 reforços.

No Bahia a conta chega a um time certinho: Douglas, João Pedro, Nino Paraíba, Léo, Mena, Douglas Grolli, Elton, Gregore, Nilton, Elber e Kayke. Não estão consideradas as recontratações do tricolor Allione e do rubro-negro André Lima, por se tratarem na prática de uma renovação, embora os jogadores tenham saído e voltado.

O primeiro mês do ano marca um período que movimenta o noticiário esportivo e renova a expectativa da torcida. Arrisco dizer até que o período de contratações é o mais desejado por parte de muitos torcedores. Quem vem? Quem vai?

A curiosidade é intrínseca à paixão que move milhões - de reais e de corações - pelo Brasil. Alimenta a esperança de ver o time amado brigando pelos próximos títulos, achando um camisa 9 cruel como Catimba ou Beijoca, um lateral que cruze com a precisão de Zanata ou um ponta arisco como Pichetti. É um momento de fantasia.

Até que chega fevereiro, junto com a realidade. A partir de agora, as contratações serão no varejo, mais pontuais. Já não importa tanto quem vem, e sim quem está. Já não se julga mais no ato, e sim após uma sequência de jogos – ou pelo menos deveria ser assim. A análise requer tempo, embora este seja o artigo mais em falta para os times do primeiro e segundo escalões do futebol brasileiro neste início de temporada.

Tomando o Vitória como exemplo, a interrogação é se os novos atacantes substituirão à altura David e Tréllez, destaques do time no sofrido Brasileirão do ano passado. Belusso manterá o status de homem-gol que mostrou pelo Brusque e pelo Londrina em 2017, quando esteve num patamar de dificuldade mais baixo do que o atual? Denilson e Rhayner viverão uma fase tão boa como foi a de David? Quem terá o nome gritado em coro pela torcida no Barradão?

Kieza e Wallace também saíram, o que jogou por terra um mérito da equipe treinada por Vagner Mancini neste início de 2018. Com a base mantida de uma temporada para outra, o Vitória não sentiu falta de entrosamento nem tanta dificuldade de ordem tática. Além do físico, as limitações apresentadas são de ordem técnica no caso de alguns jogadores, o que era de se esperar.

E continuará sendo. Afinal, o perfil das contratações é de risco, já que a maioria dos jogadores não chegou à Toca por ter se destacado no ano anterior, nem sequer em algum momento da carreira. São três de um empresário (Lucas, Rhayner e Denilson), dois de outro (Walisson Maia e Jonatas Belusso), mais dois com contratos curtos que mostram a incerteza da diretoria em relação à validade da aposta (Botelho e Baumjohann).

Dos dez, somente Lucas, titular do Fluminense; Denilson, que chamou atenção de Mancini no Campeonato Catarinense pelo Avaí quando o técnico era da Chapecoense; e Belusso têm o argumento técnico a favor da contratação. A eles soma-se Rhayner, devido à boa passagem pelo Leão em 2015.

O torcedor vai depender ainda mais de Mancini. Se em 2017 ele ajustou o time, agora o olho do treinador é que monta. Pode dar certo. Mas, no conjunto da obra, o modelo aumenta o risco inerente a toda montagem de elenco.