Larissa Luz, Pitty e Karina Buhr desfilam no trio Respeita as Mina

Trio independente sai no circuito Osmar (Campo Grande), no dia 12, às 16h30

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  • Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2018 às 18:05

- Atualizado há um ano

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Levando para a avenida o enfrentamento à violência contra a mulher, o trio Respeita as Mina reúne, pelo segundo ano consecutivo, diferentes artistas em favor da causa. Dessa vez, a cantora Larissa Luz estará à frente do trio, recebendo como convidadas as cantoras Pitty e Karina Buhr. Elas sairão em cortejo na segunda-feira de Carnaval (12), às 16h30, do Campo Grande. O trio contará ainda com a DJ Ipek, que toca em diversas boates e casas de shows de Berlim, na Alemanha. Diretora artística do projeto, Larissa Luz convidou Pitty e Karina Buhr para subir ao Trio Respeita as Mina, para também dar outro recado: rock n’roll pode ganhar as ruas do centro da cidade em pleno carnaval e, mais ainda, rock visceral e cheio de energia produzido por mulheres. A proposta é ousada, mas aposta na diversidade musical que a festa vem conquistando ano a ano. “Queria trazer essa energia rock n’roll para um trio que é político, que faz um pedido de igualdade de direitos. Por isso convidar Pitty e Karina, artistas com quem já tinha tido oportunidade de cantar anteriormente. São mulheres que tem uma atitude visceral, se destacam e se impõem numa cena musical extremamente masculina e machista” explica Larissa Luz.   A iniciativa une música e ativismo para combater a violência contra as mulheres, nas suas mais diversas formas, especialmente o assédio, tão frequente e culturalmente naturalizado nas festas de rua. Com três cantoras de trajetória artística comprometida em tratar da igualdade de gênero e da defesa dos direitos das mulheres, o trio quer estimular a paz com uma mensagem positiva e propositiva durante a folia.  

Em 2017, cerca de 5 mil pessoas acompanharam o cortejo nas ruas do centro da cidade. Os números da violência de gênero no carnaval passado fazem compreender a necessidade de trazer esse tema para o centro da folia. De acordo com dados da Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180), foram registrados 2.132 atendimentos às mulheres por diversos tipos de agressão, em todo país. A violência física foi o principal motivo das ligações, somando 1.136 contatos. Em seguida, a violência psicológica com 671 ligações. Depois a violência sexual com 109 ligações, a violência moral (95), o cárcere privado (68), a violência patrimonial (49) e o tráfico de pessoas (4 atendimentos). Os atendimentos relativos à violência sexual tiveram um aumento de 87,93% em relação ao Carnaval 2016. Naquele ano, a Central de Atendimento recebeu 58 denúncias.