Linhas tortas para o 2018 do esporte

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  • Ivan Dias Marques

Publicado em 20 de outubro de 2017 às 11:09

- Atualizado há um ano

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O tiro no próprio pé - tão comum no Brasil atual, ainda que pouco dano provoque - foi dado pelo governo federal e, agora, a briga interna está escancarada, mesmo que nas entrelinhas. A diminuição em 87% do orçamento do Ministério do Esporte, como a maioria das medidas impopulares do governo Temer, não ia sair do papel de forma tão simples.

Primeiro, infelizmente, porque nenhum político gosta de ‘trabalhar’ com pouco dinheiro. Eu, você e as torcidas do Bahia e do Vitória juntas sabemos que bambá escasso significa maior dificuldade dos ‘parceiros’ conseguirem verba para realizar eventos esportivos quase fantasmas e com preços de serviços inversamente proporcionais aos de um país como o Brasil, menor chance de superfaturar obras ou de fraudar o Bolsa Atleta. 

Em segundo lugar, que o esporte é algo que o brasileiro adora, sim. Além do mais, ter atletas conquistando títulos e bons resultados, com auxílio de programas federais, faz bem para o que restou da imagem do governo federal, aprovado por uma mísera parcela da população.

Assim, na reunião na Comissão do Esporte na Câmara dos Deputados, na última terça, os representantes do ministério fizeram questão de deixar claro a insatisfação com a redução orçamentária para 2018. Esportistas deixaram claro a importância do Bolsa Atleta. Já existe uma movimentação para, ao menos, manter o mesmo orçamento de 2017, o que ainda vai denotar muito jogo de cintura do ministério.

O problema é que, nesses tempos, ‘jogo de cintura’ tem sido muito mais que uma boa estratégia de convencimento. A temporada de troca de favores - leia-se emendas e perdão de dívidas - segue aberta e muito frequentada.

Solto Queria ver se um de nós fosse preso por corrupção passiva, organização criminosa, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, com pedido de reparação moral e material de mais de R$ 1 bilhão aos cofres públicos. 

Com certeza, íamos apodrecer atrás das grades. Mas Carlos Arthur Nuzman, um dos seis acusados dos crimes acima, durou 15 dias no xilindró. Não deve nem ter conseguido fazer amizade com os carcereiros.

Basquete Começou de forma chocante a temporada da NBA. Logo no primeiro jogo, Gordon Hayward sofreu um fratura angustiante na perna em cadeia internacional de TV. Triste para o jogador, claro, e para o Boston Celtics, que viu suas chances de chegar à final da liga, ao menos, acabarem em seis minutos. Hayward pode ficar quase um ano fora de ação. 

Um dia depois foi Jemery Lin, do Brooklyn Nets, que rompeu o tendão patelar e também deu adeus à temporada 2017/18. Tudo bem que a única briga do Nets é pela 1ª escolha do próximo draft, mas não deixa de ser frustrante.

Por outro lado, o projeto do Philadelphia 76ers parece que vai pra frente desta vez. O time fez um jogo equilibrado contra o forte Washington Wizards fora de casa e não saiu com a vitória pela inexperiência de seus jovens - e muito talentosos - jogadores. Além do 76ers, o mais legal da nova temporada da NBA vai ser ver Giannis Antetokuonmpo jogar e se o duo James Harden/Chris Paul vai funcionar.   

Ivan Dias Marques é subeditor de Esporte e escreve às sextas-feiras.