Macaco é achado morto em Pau da Lima; suspeita é de febre amarela

É o primeiro de 2018 na capital; ano passado, 777 primatas foram achados mortos na Bahia

Publicado em 10 de janeiro de 2018 às 21:22

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Bruno Concha/PMS

Um macaco encontrado morto por um morador do bairro de Pau da Lima, em Salvador, na última terça-feira (9), foi o primeiro a ser encontrado nesta situação na capital em 2018. A informação é da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O primata foi encaminhado para o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) para ser investigado se ele morreu em decorrência de contaminação de febre amarela. 

Até o dia 12 de dezembro de 2017 foram encontrados 777 macacos mortos em toda a Bahia. Destes, 47 tiveram resultado positivo para febre amarela. Até o fechamento desta reportagem, a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) não tinha confirmado quantos casos foram descartados e quantos permanecem em investigação pela Fiocruz, no Rio de Janeiro. Nenhum caso foi registrado em humanos, o que não acontece desde o ano 2000. 

No ano passado, Salvador foi o município campeão com mais casos de febre amarela em primatas. Foram 11 na capital, seis em Feira de Santana, quatro em Alagoinhas, três em Camaçari, dois em Vera Cruz, dois em São Francisco do Conde, dois em São Gonçalo dos Campos, dois em São Felipe e dois no município de Barrocas. 

Vacinação Quem mora em Salvador não precisa esperar até o início da campanha de vacinação contra a febre amarela do Ministério da Saúde, no dia 19 de fevereiro, para se imunizar contra a doença. Desde o ano passado, todas as 126 salas de vacinação da capital estão oferecendo o antígeno contra a febre amarela de forma regular, ou seja, durante o ano todo. É só se dirigir a uma das unidades de saúde que realizam imunização de segunda a sexta, das 8h às 17h. 

O cidadão que se antecipar vai poder tomar a dose padrão da vacina, que protege pela vida toda. Porém, durante a campanha do Ministério da Saúde receberá a dose fracionada do imunobiológico, que corresponde a um quinto do volume habitual. A aplicação reduzida deixa o paciente imunizado por oito anos contra a febre amarela. A diminuição é considerada uma estratégia segura para a prevenção de possíveis surtos da doença e ajuda a multiplicar o número de pessoas imunizadas.

A Bahia foi incluída na campanha do Ministério da Saúde por ter histórico de epizootias confirmada para febre amarela em 2017 e por ter uma capital com grande população. No estado, a campanha de vacinação contra a doença será no período de 19 de fevereiro a 9 de março, sendo 24 de fevereiro o Dia D.

Durante o período da campanha do governo federal, somente receberão a dose padrão crianças de 9 meses a menores de dois anos, pessoas com condições clínicas especiais (vivendo com HIV/Aids, ao final do tratamento de quimioterapia, pacientes com doenças hematológicas, entre outras), gestantes e viajante internacional (devem apresentar comprovante de viagem no ato da vacinação).

A imunização não é recomendada para quem está em tratamento de câncer, pessoas com imunossupressão e pessoas com reação alérgica grave à proteína do ovo. No caso dos idosos, a vacinação deverá ser aplicada após avaliação dos serviços de saúde.