Macacos mortos são recolhidos em Ondina e Castelo Branco

Guarda Municipal resgatou corpos para análise; suspeita é de febre amarela

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  • Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2018 às 17:51

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Arisson Marinho/Arquivo CORREIO

Três macacos mortos, sendo dois no bairro de Ondina e um no bairro de Castelo Branco, em Salvador, foram recolhidos por agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) nesta quinta-feira (25). 

Segundo a assessoria da Prefeitura, os animais foram encaminhados para o Laboratório Central de Saúde Pública Profº Gonçalo Muniz (Lacen), para que possam ser feitos exames e constatada a causa das mortes - é possível que eles indiquem a incidência de febre amarela nos locais.

Desde o início do mês, já foram removidos 28 animais, entre mortos e feridos. Em todo o mês de janeiro do ano passado, a GCM encontrou quatro animais nessas circunstâncias.

Segundo o supervisor de operações do Grupamento Especial de Proteção Ambiental (Gepa) da GCM, Robson Pires, responsável pelo recolhimento dos primatas, alguns cuidados devem ser tomados quando o cidadão identificar um macaco morto ou ferido. “Esses animais podem estar acometidos por doenças como febre amarela ou raiva, por exemplo. Por isso, a população não deve tentar pegá-los, seja para alimentar, cuidar ou dar água, no caso dos doentes, e não deve entrar em contato com o animal, de jeito nenhum”, explica ele, em nota.

A recomendação é que entre em contato com a Guarda através da Central de Operações no telefone (71) 3202-5312.

Alerta Pires alerta para que os cidadãos não matem os animais, pois eles não transmitem o vírus da febre amarela, doença que tem como vetor o mosquito Aedes aegypti, o mesmo causador da dengue, zika e chikungunya.

Ao matar um macaco, a pessoa pode responder por maus tratos e ser enquadrada no artigo 29 da Lei 9605/98 – Lei de crimes ambientais, com pena de detenção de seis meses a um ano, e multa. 

“Quando esses animais morrem, é gerado um novo problema e aumenta a nossa preocupação, principalmente por deixarmos de ter esses sentinelas”, salienta o supervisor. Aqueles animais encontrados ainda vivos, mas debilitados, são soltos na natureza, após a realização de todos os exames necessários durante o período da quarentena, atestando boa saúde.

Vacinação A vacinação contra febre amarela acontece de segunda a sexta-feira (exceto feriados), das 8h às 17h, em todas 126 salas de vacina da rede municipal. Com objetivo de combater com maior agilidade a circulação do vírus nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, o Ministério da Saúde lançará uma campanha emergencial com doses fracionadas da vacina especialmente nessas localidades.

Em Salvador, a estratégia iniciará após o Carnaval, entre 19 de fevereiro e 9 de março. Até o momento do início da campanha, quem ainda não se protegeu pode procurar os postos para tomar a dose padrão do imunobiológico.