Memoração Baiana

César Romero é artista plástico e crítico de arte

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  • Cesar Romero

Publicado em 3 de dezembro de 2017 às 03:51

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Existem artistas, críticos, historiadores e fatos que deram à Bahia notável contribuição às artes plásticas e que merecem registros, estudos aprofundados e publicações para que não se faça morta a memória baiana. A tendência natural das artes é o esquecimento. Ficar na história é exceção, das mais raras, num mundo de 6.477 bilhões de habitantes.

Presciliano Silva (1883-1965), professor, desenhista e pintor. Foi aluno e professor da EBA/Ufba. Esteve por três anos em Paris, estudando na Academia Julien (1905 a 1908). Deu a mais importante interpretação pictórica brasileira aos interiores da arquitetura religiosa do século XVIII.

José Guimarães (1899-1969), pintor e desenhista. Sem dúvida alguma o primeiro pintor moderno da Bahia. Foi aluno da Escola de Belas Artes, formando-se em 1927. Ano seguinte, obteve bolsa do governo do estado para estudar na França – Academia Julien. Volta ao Brasil em 1932, quando realizou um individual, que foi um marco nas ideias modernistas na Bahia. Guimarães desestimulou-se e transferiu-se para o Rio de Janeiro. Suicida-se em 1969.

Genaro de Carvalho (foto) (1926–1971), pintor, desenhista e tapeceiro. Um dos pioneiros da renovação artística baiana. Em 1949, foi estudar na França, aluno de Andre Lhote na École Superiurere des Beaux – Arts de Paris. Lá participou dos Salões do Outono, de Maio e dos Independentes. Foi influenciado por Jean Lurçat. Em 1955, abriu o primeiro ateliê de tapeçaria no Brasil.

Lygia Sampaio (1928), desenhista, pintora, retratista, ilustradora. Única figura feminina no movimento modernista da Bahia. Em 1950, obteve menção honrosa em desenho no Salão Baiano de Belas Artes e no ano seguinte em pinturas.

Sonia Castro, pintora, desenhista e gravadora. Premiada na 1ª Bienal Nacional de artes plásticas, com prêmio de aquisição em 1966 e ano seguinte na 2ª como melhor gravador nacional em 1968. Elevou a gravura baiana a altíssimo nível inventivo e técnico. Teve grande prestígio nacional.

Carlos Chiacchio (1884-1947) foi o pioneiro da crítica de arte baiana. Formou-se em Medicina e exerceu múltiplas atividades relacionadas à cultura. Entre 1928 a 1946, escreveu na grande imprensa, ressaltando o que havia de importante em artes plásticas. Dentre suas publicações destacam-se:  Biocrítica (1941) e Modernistas e Ultramodernistas (1951).

José Valladares (1917-1959), jornalista, museólogo, historiador de arte e crítico. Foi bolsista da Fundação Rockffeller nos Estados Unidos, onde fez cursos de História da Arte e Museológica. Foi o idealizador do Museu de Arte Moderna da Bahia.