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Miro Palma
Publicado em 14 de junho de 2017 às 05:08
- Atualizado há um ano
A saída de Kevin Durant do Oklahoma City Thunder, na temporada passada, aconteceu de forma surpreendente e deu o que falar, seja na imprensa ou entre os amantes da NBA. O jogador encerrou sua participação no Oklahoma depois de nove anos de muitos jogos, pontos e histórias fantásticas em quadra. Ele escolheu defender as cores justamente do Golden State Warriors, franquia que havia eliminado o Thunder nos playoffs do último campeonato da liga de basquete dos Estados Unidos.Ao sair do ex-clube, Durant escreveu uma carta de despedida e foi visto por muitos como traidor, afinal, atuar ao lado de craques como Stephen Curry, Klay Thompson e Draymond Green seria uma forma mais “fácil” de ganhar o sonhado título da NBA. “Dói saber que vou desapontar muita gente com a minha escolha, mas acredito estar fazendo o que sinto ser a coisa certa nesse ponto da minha vida e da minha carreira de jogador”, escreveu Durant, que em 2013/2014 foi eleito o MVP (jogador mais valioso) da temporada regular com o Thunder.É incrível como as pessoas no mundo de hoje ainda apontam o dedo na cara de alguém e façam um julgamento por determinada decisão (nesse caso, apenas esportiva). Durant escolheu evoluir como “atleta e como homem”, como ele mesmo frisou na época em que assinou com o Warriors. Se ele é um excelente jogador e gostaria de se juntar aos melhores, qual problema existe nisso? “Covarde, apelão e mercenário” foram alguns dos adjetivos direcionados ao jogador. Se Durant recebe um salário anual de US$ 26 milhões na equipe da Califórnia, o que temos a ver com isso? Curry, principal ídolo do Warriors na atualidade, ganha US$ 11 milhões e já havia dado a lição quando questionado sobre o assunto. “Uma coisa que meus pais me ensinaram foi nunca olhar para o dinheiro dos outros. Se eu estiver reclamando de ter um salário de US$ 44 milhões por quatro temporadas, então eu tenho problemas na minha vida”. Esse clima de companheirismo também foi determinante para Durant aceitar atuar no Warriors. O próprio Curry fez questão de trocar mensagens com o companheiro para convencê-lo a aceitar a proposta. A resposta veio em quadra, com atuações espetaculares de ambos, de tirar o fôlego e fazer qualquer pessoa aplaudir de pé.O caminho para conquistar o título de 2016/2017 da NBA foi construído aos poucos. Durant terminou a temporada regular com média de 25,1 pontos, 8,3 rebotes e 4,8 assistências. Antes dos playoffs, enfrentou as polêmicas e tirou de letra a rivalidade com o ex-amigo Westbrook, estrela do Thunder. Por lá, foi recebido com hostilidade e não abaixou a cabeça. O camisa 35 ainda precisou se recuperar de uma lesão no ligamento do joelho e também na tíbia. A dúvida pairava na cabeça dos torcedores, mas, em pouco mais de um mês, Durant voltou para marcar seu nome na história. Na pós-temporada, conseguiu médias de 27,8 pontos, 8,1 rebotes, 4,2 assistências e menos de três turnovers (bolas perdidas) por partida. Nas finais contra o Cleveland Cavaliers, terminou com uma média incrível de 35,2 pontos em cinco duelos, fazendo o time de LeBron James se render ao talento do craque.“Sempre soube que não tinha errado com a decisão que tomei. Agora tenho o dobro de satisfação porque também pude contribuir para outro título”, disse Kevin Durant após o seu primeiro troféu na NBA, o quinto do Warriors na história. Que venham muito mais, pois ele e os companheiros merecem. E que ninguém ouse questionar a felicidade desse cara.