Na Vila Madalena, o sonho do ‘lixo zero’

Projeto envolve vizinhos e empresas de rua paulistana na missão de reciclar 100% dos resíduos produzidos

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  • Andreia Santana

Publicado em 27 de agosto de 2017 às 05:31

- Atualizado há um ano

Resgatar o senso comunitário e engajar a vizinhança em um projeto que gere transformação positiva. Com esse foco, desde 2015 acontece o ‘Rua Lixo Zero’, na Vila Madalena, em São Paulo. A meta, ainda não alcançada, é que 100% do lixo produzido por moradores e empresas instaladas nos 150 metros da rua Laboriosa seja reaproveitado. 

Os moradores são incentivados a separar o lixo para a coleta seletiva – o caminhão específico para esse fim passa na rua uma vez por semana - e a transformar o lixo orgânico, cerca de 70% dos resíduos produzidos na rua, em adubo, por meio da compostagem.

Os resultados já obtidos com a experiência serão apresentados no seminário Cidades, em 30 de agosto, dentro do Fórum Agenda Bahia 2017, por Mateus Mendonça, sócio-diretor da Giral Viveiro de Projetos, empresa instalada na rua e que capitaneia a iniciativa. Inclusive, uma composteira comunitáriafoi colocada na entrada da empresa, demonstrando para a vizinhança que o método, se feito corretamente, não deixa cheiro ruim.

Mateus atua tanto com consultoria para grandes empresas – a Giral desenvolveu um método de gestão de resíduos sólidos – quanto com cooperativas de catadores e catadoras de reciclagem. No seminário, ele vai mostrar que ações inovadoras em sistemas de coleta seletiva, reciclagem inclusiva e engajamento do cidadão podem criar novos destinos para os resíduos sólidos e um jeito diferente de agir na sociedade. 

A palestra de Mateus, na parte da manhã, vai inspirar, no turno da tarde, o grupo de trabalho formado por representantes do setor de resíduos sólidos da Bahia, que pretende construir um projeto que engaje os cidadãos de Salvador na coleta seletiva.

O Fórum Agenda Bahia 2017 é uma realização do CORREIO, com apoio institucional da Prefeitura Municipal de Salvador (PMS), Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) e Rede Bahia; patrocínio da Coelba e da Odebrecht; e apoio da Revita.