'Não sou escritora de autoajuda', diz Thalita Rebouças na Flipelô

Popular entre os adolescentes, autora participou de um bate-papo e tarde de autógrafos com o público no Teatro Sesc-Senac do Pelourinho

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  • Naiana Ribeiro

Publicado em 11 de agosto de 2017 às 20:58

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Arisson Marinho/CORREIO

Enquanto jovens e adultos mergulhavam na história dos ícones da literatura baiana Jorge Amado e Zélia Gattai, uma legião de mais de 200 adolescentes recém-introduzidos ao mundo dos livros lotou o Teatro Sesc-Senac do Pelourinho nesta sexta-feira (11). É que a escritora Thalita Rebouças, autora muito popular entre os adolescentes, participou de um bate-papo e tarde de autógrafos com o público na Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô). Mais de 200 adolescentes compareceram ao Teatro Sesc para ver Thalita (Foto: Arrison Marinho/CORREIO) "Não sou escritora de autoajuda. Por acaso os meus livros ajudam as pessoas, mas não escrevo só para isso. São para fazer rir, pensar, para as pessoas se identificarem. O que acho mais legal é que muitos pais também me leem e agradecem por fazer seus filhos lerem", disse Thalita. Apaixonada por Jorge Amado e Zélia Gattai, a escritora revelou que sua obra predileta do escritor é Navegação de Cabotagem. "A mesma relação de amor puro que os meus leitores tem comigo, eu tenho com Jorge Amado. Ele é uma grande inspiração". Thalita Rebouças declarou sua paixão pela obra de Jorde Amado (Foto: Arrison Marinho/CORREIO) Autora de 22 livros, ela estreou com o bestseller Traição entre Amigas, em 2000; seu livro mais recente é Confissões de Um Garoto Tímido, Nerd e (Ligeiramente) Apaixonado. A coleção de livros Fala Sério, entretanto, é a que mais faz sucesso entre o público, formado majoritariamente por meninas. "Muita gente que não tem o hábito de ler agarra esses livros porque são compactos e têm a linguagem deles", diz.

Foi justamente essa linguegem que conquistou cerca de 15 estudantes de São João do Paraíso, cidade ao Norte de Minas Gerais. Eles andaram cerca de 700 quilômetros e demoraram 10 horas para chegar a Flipelô e conhecer Thalita. "Depois que a nossa diretora comprou a coleção dela para a biblioteca da escola, os alunos passaram a ler mais. Estou aqui para agradecê-la", disse a professora de português Solange Almeida. Alunos de Minas Gerais viajaram 700 quilômetros para ver Thalita na Flipelô (Foto: Arrison Marinho/CORREIO) A estudante Mariana Lima, 16, por exemplo, conta que não gostava tanto de ler. "Depois que li os livros Fala Sério, tomei gosto pela literatura", conta ela. Além de ficar animada e rir sozinha quando lê as obras de Thalita, ela revela que se identifica com as situações criadas pela autora e que considera como a escritora uma amiga. "Ela mudou minha vida", disse, emocionada. "Antes, eu era ainda mais tímida, não lia nada, e hoje sou mais feliz".