Natal deve gerar 2 mil vagas temporárias em shoppings de Salvador

SineBahia deve captar 800 oportunidades; efetivação prevista é de 15%

Publicado em 31 de outubro de 2017 às 06:30

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO

Quando a época de festas de final de ano chega, o movimento de ida para os shoppings para realizar compras é intensificado. Com a tradição de trocas de presentes, principalmente no Natal, quem sai ganhando é o comércio, que aumenta o número de vendas, mas também quem deseja uma nova oportunidade no mercado de trabalho.

Com o maior movimento nos estabelecimentos, os lojistas têm que contratar mais pessoas para otimizar as vendas. De acordo com estimativa da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), 2 mil trabalhadores temporários deverão ser contratados neste fim de ano para trabalhar nos shoppings da capital baiana.

Desse total, ao menos 800 das vagas estão sendo disponibilizadas através do Serviço de Intermediação para o trabalho (SineBahia). A maioria das oportunidades é para operador de caixa, promotor de venda, vendedores, estoquista, repositores e para recepcionista.“Até agora nós já captamos 620 vagas. Geralmente, elas são fechadas entre os meses de outubro e novembro, que é o período mais forte de contratação para o comércio, já que as pessoas precisam passar por treinamentos. Até o final, devemos captar 800 vagas”, explica o coordenador da Rede SineBahia, Hildásio Pitanga.Segundo ele, o aumento no número de vagas no SineBahia se deve, principalmente, ao maior cuidado que os lojistas estão tendo em relação aos funcionários que irão contratar, diante de um cenário econômico ruim.

“O SineBahia representa apenas uma parte do mercado de trabalho. As empresas também recrutam de outras formas, como a partir de seus sites e com currículos. A infraestrutura que temos, de equipe, psicólogos, banco de dados com 2,9 milhões de pessoas, dá uma maior segurança para quem contrata. As pessoas não podem errar, então priorizam uma seleção caprichada para reduzir o impacto”, destaca Pitanga.

Em 2013, a taxa de conversão de vagas temporárias para a efetivação do funcionário na empresa era de 25%. Hoje, a estimativa é que dos 800, apenas 15% consigam se tornar funcionários do quadro fixo. “Isso exige um nível maior, uma competição maior”, explica.

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Adaptação O gerente da loja de calçados Dinni, Antônio Roberto, conta que o movimento da loja diminuiu muito nos últimos anos, o que fez com que o quadro de funcionários fosse reduzido de 8 vendedores para 5.

“Nosso dia a dia é difícil. Antes, os nossos vendedores não ficavam parados; hoje, só um atende enquanto os outros ficam receosos. Sem falar sobre a quantidade de vendas. Antes, a pessoa comprava três, quatro pares. Hoje, quando são dois, a gente já comemora”, disse.

Para o final do ano, o gerente espera contratar mais pessoas para auxiliar na loja. “Geralmente, o movimento melhora nessa época. Certeza que iremos contratar mais, mas estou esperando o posicionamento da diretoria para saber quantos serão”, disse.

A gerente da loja de roupas In The Street, Patrícia Almeida, explicou que o movimento da loja reduziu em 30% em dois anos. “Nós trabalhávamos com seis funcionários, hoje nós temos quatro”, explicou. A loja também irá contratar funcionários para auxiliar durante os períodos festivos.