Negócios pipocam no Carnaval: tem gente que fatura até R$ 40 mil

Empreendedores aproveitam para lucrar bem mais com a festa

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  • Priscila Natividade

Publicado em 29 de janeiro de 2018 às 06:05

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação

Enquanto para muita gente Carnaval é  sinônimo de diversão, há um bloco que não abre mão de lucrar com a festa de Momo. E, no mesmo embalo  de quem segue atrás do trio, empreendedores apostam na folia como uma grande oportunidade para colocar uma grana a mais no bolso. 

Nem chegou ainda no mês de fevereiro, mas a cabeleireira e empresária Josi Lima já tem 40 alongamentos de cabelo agendados. “Todo mundo quer um cabelão maravilhoso no Carnaval”, afirma. Josi, que criou uma técnica usando cabelo natural e micropele, que leva apenas 10 minutos para colocar e a metade deste tempo para retirar. “É tudo muito rápido e sem danificar o cabelo”, garante. 

O cabelo de deusa, a depender do tamanho e quantidade, pode variar entre R$ 3,6 mil a R$ 10 mil. Entre as clientes estão beldades como as cantoras Simone e Simara, Carla Cristina, Kau Medrado e Mari Antunes. O alongamento também fez a cabeça das artistas Carla Perez, Scheila Carvalho e Nicole Bahls. “Uma passando para a outra. Simone e Simara viram no cabelo da mulher de Tierry (cantor) e me procuraram”. 

Abre alas

Quem também não ficou olhando a banda passar foi a empreendedora Jade Giallorenzo. Ela se juntou com as amigas Luana Oliveira e Ana Carolina Gonçalves para criar O Bloco do Prazer. A ideia de vender fantasias, maquiagem e adesivos para face seguiu o baile e, em menos de um mês, dobrou o valor do investimento inicial, de R$ 800.  Jade Giallorenzo se juntou com duas amigas para criar O Bloco do Prazer. Em menos de um mês, elas dobraram o valor investido com a venda de fantasias. (Foto: Divulgação) “A gente sempre teve vontade de fazer fantasias, mas tínhamos aquela insegurança de empreender. Mas aí vimos a retomada do Carnaval sem cordas e a vontade de transformar a coisa da fantasia em negócio encorajou muito”. 

As tiaras saem por R$ 40. “Fazemos fantasia de tudo: de abacaxi a flamingo. A sereia e o unicórnio se mantêm como tendência também. Mas o que temos visto é uma procura crescente pela ‘personal fantasia’. As pessoas querem ser diferentes e exclusivas”, completa Jade. Pelo segundo ano, Najara Black montou uma loja de customização de abadás no Shopping da Bahia. A meta é adaptar 10 mil camisas. (Foto: Divulgação) Brilho e purpurina estão marcando presença em mais um negócio. Pelo segundo ano, a empresária Najara Black, da marca baiana N’Black, montou uma loja de customização de abadás no Shopping da Bahia. “Ano passado fechei uma parceria com o shopping por nove dias. Mas  deu tão certo que esse ano nós vamos ficar por um mês na Alameda das Grifes”. 

Em 2017, foram 5 mil abadás customizados a R$ 50 (cada peça). A meta é chegar a 10 mil abadás. “Investi R$ 7 mil e faturei um extra de R$ 40 mil. A marca ganhou mais visibilidade, assim como a minha loja que fica na Carlos Gomes”, destaca Najara, que aponta o que deve bombar nos circuitos: “A transparência ganha mais força, assim como os decotes extravagantes. Brilho, pedras e plumas permanecem”, acrescenta Najara.  

NA FOLIA

Bom de Carnaval Para o especialista em empreendedorismo José Nilo Meira, é preciso ser um bom conhecedor sobre o que o folião gostaria de ter. “Estar ligado na ‘vibe’ do Carnaval  e daí pensar em produtos e serviços”. 

Estratégia Como o negócio é perene, o empreendedor vai buscar estratégias de negócios sazonais, onde ele possa plantar e colher os resultados naquele momento. 

Bloco na rua  É ver, mas, principalmente ser visto: “Tem que marcar presença, sobretudo, nas redes sociais”, destaca Meira.