'Nossa ideia é voltar no ano que vem', diz Fernando Anitelli sobre O Teatro Mágico

Por Giuliana Mancini (interina) e Naiana Ribeiro

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  • Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2017 às 06:04

- Atualizado há um ano

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Criador d’O Teatro Mágico, o cantor e compositor sobe ao palco do Clube Fantoches da Euterpe, neste sábado (26). O show, no formato voz e violão, faz parte da última noite do Conexões Sonoras -  que também terá a presença da Orquestra Contemporânea de Olinda (OCO).

Juntos, o paulista e o grupo gravarão uma música, além de dividirem o palco no projeto. “É uma honra tocar com a OCO”, comemora. Fernando também receberá Pedro Pondé durante seu show.

Mas ele não é o único baiano do qual o anfitrião é fã. “São tantos que gosto vou esquecer de vários. Saulo,(...) Manno Góes, Maglore, BaianaSystem”, lembra. Fernando se apresenta neste sábado (26) no Conexões Sonoras (Foto: Filipe Nevares/Divulgação) No Conexões Sonoras, seu show será voz e violão. Como foi a escolha desse formato? Ano passado, fizemos um financiamento coletivo no Catarse, que foi um recorde. E uma das formas de pagamento era um sarau. O público se encantou. Essa foi uma das formas de conceber esse espetáculo. Depois de 13 anos como palhaço, a gente também quis apresentar um show com a qualidade de um sarau, que mostrasse nossas referêcias, textos, desse jeito voz e violão. O que eram para ser 10 espetáculos foram virando 20, e aumentando...

O que não vai faltar no seu repertório? Clássicos d’O Teatro Mágico. O povo se irrita se eles não forem tocados (risos). Faço sucessos de todos os álbuns, e também algumas canções mais lado B. Terei ainda músicas do meu álbum, As Claves da Gaveta. Na participação de Pedro Pondé, vamos cantar A Janela, música dele, e Pena, um dos nossos clássicos. Com a Orquestra Contemporânea de Olinda, ainda estamos decidindo qual canção escolheremos. D’O Teatro, será Camarada D'Água.

Dentro do projeto, você gravará uma música com a Orquestra Contemporânea de Olinda. Como será essa canção? Ela falará do contexto no qual o país atravessa. Algumas estrofes já estão prontas, mas vamos criar o arranjo hoje.

Você já conhecia o trabalho da Orquestra? Sim! Já conhecia tanto a Orquestra quanto Juliano Holanda (guitarrista e vocalista do grupo). Já tinha até ido na casa dele. É uma honra tocar com a OCO! E uma honra compor uma música com Juliano. É nossa primeira vez juntos, será um baita de um encontro.

Como é sua relação com os artistas da Bahia? Ah, são tantos que gosto vou esquecer de vários. Posso citar Saulo, por quem tenho um carinho gigante - e foi quem me levou para cima do trio no Carnaval (em 2015). Também posso falar de Manno Góes, um parceiro meu na composição.Tem ainda Pedro Pondé, Maglore, sou muito fã da BaianaSystem... É um povo com uma música muito plural. "Gosto de sonorizar ideias, falar de transformação social, discutir a corrupção", diz (Foto: Filipe Nevares/Divulgação) Quais são suas influências na hora de compor uma música? O cotidiano, o que nos afeta, o que concordamos - ou discordamos. Gosto de sonorizar ideias, falar de transformação social, discutir a corrupção... Ponho as mazelas na mesa, sem essa de vermelho ou azul.

Quando você lançou esse formato voz e violão, disse que seria de pesquisa para o Teatro Mágico, que está em pausa. Já fez alguma descoberta? Descobri muira gente talentosa no meio do público. Fui para apresentações de outros grupos, fiz pesquisa em vídeo, imagem, figurino... Cada álbum tem sua dinâmica, é uma peça de teatro. Envolve uma porção de coisas e isso requer pesquisa.

Já há um plano para volta? Nossa ideia é voltar no ano que vem. Mas ainda é um pensamento, já que é ano de Copa do Mundo, de eleição... Já compomos mais de 15 músicas. Estamos mergulhados n’O Teatro, paralelamente à essa turnê minha.

Quando você vem a Salvador, o que não pode deixar de fazer? Eu preciso passar no Paraíso Tropical. O siri mole de lá... É impressionante o sabor! Para mi, vale muito o turismo gastronômico.