Nuzman envia carta pedindo afastamento do cargo ao COB

Ex-presidente da entidade, ele está preso e é suspeito de comprar votos para que a cidade do Rio de Janeiro fosse escolhida como sede dos Jogos Olímpicos de 2016

Publicado em 7 de outubro de 2017 às 17:02

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Mauro Pimentel/AFP

Preso desde a última quinta-feira (5), suspeito de comprar votos para que a cidade do Rio de Janeiro fosse escolhida como sede dos Jogos Olímpicos de 2016, Carlos Arthur Nuzman, então presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) há 22 anos, enviou uma carta, de dentro da cadeia, à cúpula da entidade solicitando o seu afastamento do cargo. 

Em seu site oficial, o COB convocou uma Assembleia Geral Extraordinária, que será realizada na quarta-feira (11), na sede da entidade no Rio. Os itens a serem discutidos com representantes de confederações esportivas são a punição do Comitê Olímpico Internacional ao COB, que congelou a verba repassada à entidade brasileira, e a agora carta de afastamento de Nuzman.

É provável que a licença de Carlos Arthur Nuzman como presidente do COB evolua para uma renúncia. Desde que ele foi preso, o vice-presidente Paulo Wanderley Teixeira assumiu o comando da instituição e deve continuar no cargo. O COI exigiu que o COB afastasse Nuzman de suas funções de presidente.

Carlos Arthur Nuzman, que está detido no Rio, também perdeu outros dois cargos que tinha junto ao COI como membro honorário da instituição e como integrante do comitê que coordena os Jogos Olímpicos de 2020, que serão realizados na cidade de Tóquio, no Japão.