Nuzman tem pedido de habeas corpus negado pela Justiça Federal

Ex-presidente do COB está detido por tempo indeterminado no Rio de Janeiro

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  • Vitor Villar

Publicado em 12 de outubro de 2017 às 12:28

- Atualizado há um ano

. Crédito: Mauro Pimentel / AFP Photo

Carlos Arthur Nuzman continuará preso no Rio de Janeiro. O agora ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), que renunciou na última quarta-feira (12), teve um pedido de habeas corpus negado pela Justiça Federal, o primeiro feito por sua defesa.

Na solicitação, os advogados de Nuzman caracterizaram a prisão preventiva do ex-dirigente como ‘abusiva e ilegal’. Ele estava detido provisoriamente desde quinta-feira (5), mas na última segunda-feira teve a sua prisão por tempo indeterminado decretada pela Justiça Federal.

Nuzman é investigado pelo Ministério Público Federal e pela justiça francesa na operação Unfair Play – um desdobramento da Lava Jato. Segundo os procuradores do MPG, o ex-presidente do COB teria intermediado o pagamento de propina para a compra de votos na escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

A investigação também aponta um aumento de 457% no patrimônio de Nuzman nos últimos 10 anos. Ele ficou como presidente do COB por 22 anos. Junto a Nuzman, foi preso o diretor-geral de operações do Comitê da Rio-2016, Leonardo Gryner, considerado braço direito do dirigente no processo. Eles estão detidos na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, zona norte do Rio de Janeiro.