O ano vai começar pra valer

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Publicado em 8 de março de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Agora está liberado: podemos dizer que o ano futebolístico da dupla Ba-Vi começa pra valer.  Exceção ao clássico entre eles, Bahia e Vitória ainda não tiveram compromissos cercados de expectativa e dificuldade. 

Sendo rigoroso, como o restante da temporada será, até agora os times mais arrumados e tecnicamente capazes que a dupla enfrentou foram a Juazeirense, que o Bahia venceu no sufoco e o Vitória empatou no Barradão, e o ABC, que ganhou do rubro-negro por 3x1 em Natal, onde causou um desafio interessante para o sistema defensivo através de jogadas rápidas pelas pontas.

Fora isso, os dois melhores times da Bahia não tiveram oponentes fortes. Nem na Copa do Nordeste, cujo nível técnico só se torna interessante a partir das quartas de final, tampouco na Copa do Brasil, em que a má atuação do Leão na derrota para o Bragantino revelou mais fragilidade própria do que virtudes do modesto time paulista – antes disso, o Vitória enfrentou os modestíssimos Globo e Corumbaense. O rendimento nos dois primeiros meses do ano dependeu muito do estágio em que Bahia e Vitória se encontravam e pouco do nível do adversário. 

Com o fim da fase classificatória do Campeonato Baiano, os jogos teoricamente mais fáceis serão raros. Restam três para cada na fase de grupos do Nordestão e, no caso do Leão, também o confronto de volta contra o Bragantino (fácil no papel, mas a derrota de 1x0 na ida sugere dificuldade no Barradão). Depois, a moleza praticamente acaba. E se houver - o que é possível na quarta fase da Copa do Brasil, caso o Vitória passe da terceira -, será em duelo de mata-mata, o que por si só aumenta o peso da responsabilidade.

No primeiro bimestre, Bahia e Vitória passaram impressões distintas e, de certa forma, complementares. O tricolor tem jogadores mais tarimbados e que estavam em alta no ano passado; o rubro-negro, mesmo recheado de atletas sem carreira consolidada (as “apostas” comuns a cada ano), apresenta um time mais bem treinado.

O Bahia sabe ter a bola, fruto da ideia implantada por Guto Ferreira desde a primeira passagem no clube, em 2016 e 2017. O Vitória chega melhor na área, baseado na liberdade de movimentação dada a Neilton e na aparição dos laterais. Um bom desafio para cada um é ter também a virtude do outro.

Na análise das carências, o jogo se inverte: o Bahia se embola para transformar a capacidade de controlar a posse de bola em gol. E o Vitória, que não mostra tanta facilidade em segurar o jogo, também sofre mais quando não tem a bola.

Tradição × moda O Real Madrid é o melhor time da história, com seis títulos mundiais e 12 da Liga dos Campeões da Europa. Já tinha conquistado metade dos seus troféus da Champions quando o Paris Saint-Germain foi fundado, em 1970.  Tradição.

O PSG é o novo rico movido pelo dinheiro e pela ambição de ser grande.  Não tem títulos de expressão - sua maior glória é o Campeonato Francês, vencido seis vezes, sendo quatro nesta década -, mas tem Neymar, craque em campo e celebridade fora, exatamente o que a equipe precisa para mudar de patamar. É o time da moda. E, sem o brasileiro, minguou, o que era esperado. 

No fim, prevaleceu o talento do conjunto espanhol, impulsionado pelo decisivo Cristiano Ronaldo, autor de 12 gols nos oito jogos da atual Champions. CR7 é o que Neymar um dia quer ser. Assim como o Real Madrid está para o PSG.

Herbem Gramacho é editor de Esporte e escreve às quintas-feiras.