O Candidato de Temer

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  • Armando Avena

Publicado em 15 de dezembro de 2017 às 06:00

- Atualizado há um ano

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A economia não é uma ciência exata, mas tem suas regras. Uma delas afirma que se a inflação está baixa, os juros em queda e as contas públicas bem administradas, inevitavelmente haverá crescimento do PIB. Ora, a inflação brasileira este ano será de 2,8%, menor do que a da Inglaterra, a taxa de juros está em 7% ao ano, a menor da história recente do país e com tendência a queda, e as contas públicas, embora deficitárias, estão em processo de recomposição. Com isso, o PIB brasileiro vai crescer, no mínimo, 0,7% em 2017 e as previsões apontam para um crescimento superior a 2% em 2018.  A taxa de desemprego, que era de 13,6% em  abril deste ano, caiu para 12,2% em outubro. Uma queda de 1,4% em apenas 5 meses. E o desemprego não está caindo mais rapidamente porque ainda existe alguma capacidade ociosa na economia. Mas isso é momentâneo, com a aceleração da economia a taxa de desemprego vai cair nos próximos meses, especialmente a partir do segundo trimestre, e muitos analistas já afirmam que chegará em agosto a cerca de 8%, inferior ao governo Dilma. Mas esse quadro virtuoso na economia pode ser potencializado se o governo conseguir aprovar a reforma da Previdência. Se a reforma da Previdência, que garante a estabilidade futura das contas públicas, for aprovada, e se for mantido o aumento da arrecadação, o PIB brasileiro vai crescer bem mais do que 2% em 2018. Ora, esse cenário positivo vai impactar as eleições presidenciais de 2018 e parece ilusão continuar apostando em uma polarização entre o ex-presidente Lula e o famigerado deputado Jair Bolsonaro, afinal,  essas avaliações estão deixando de lado um nome fortíssimo: o candidato de Temer. A polarização que se avizinha nas eleições presidenciais de 2018 não será entre Lula e Bolsonaro, pois o Tribunal Regional Federal já marcou para 24 de janeiro o julgamento que deve tirar o ex-presidente do páreo e o candidato da extrema direita vai murchar nas pesquisas, à medida que forem dados ao eleitor opções de voto mais palatáveis. Com isso, o cenário que se desenha na eleição presidencial de 2018 será a polarização entre o candidato de Lula e o candidato de Temer, com um ou dois outros candidatos correndo por fora, ainda que com possibilidade de chegar a vitória. O presidente Temer não tem cacife nem popularidade para ser candidato, mas se conseguir escolher alguém que seja, distante dele o suficiente para não herdar sua impopularidade e próximo o bastante para ter o apoio da máquina estatal, esse candidato será fortíssimo. O candidato de Temer terá a seu favor o discurso do crescimento econômico, a máquina do Estado, com todas as benesses e promessas dela decorrentes,  uma forte máquina partidária detentora de enorme base política e 40% do tempo de propaganda na televisão, caso seja mantida sua base aliada atual.  Em resumo: ainda não se sabe quem será o candidato ungido por Temer para disputar a eleição presidencial, como também não se tem ideia de quem será ungido por Lula na disputa, mas já se sabe que a eleição de 2018 será polarizada por esses dois candidatos, ainda que o eleito possa ser um terceiro.

O IBGE e o comércio da Bahia O IBGE afirma que as vendas no varejo na Bahia caíram 2,1% em outubro, mas isso não reflete a realidade do setor.  O mesmo IBGE afirma, por exemplo,  que as vendas no comércio ampliado, quando se inclui as vendas de veículos e de material de construção, cresceram 1,7% em outubro. Este colunista não sabe por que o IBGE faz dois cálculos, mas pelos dados do próprio IBGE as vendas no comércio baiano em outubro cresceram em todos os setores, com exceção de Combustíveis e Lubrificantes e Hipermercados e Supermercados. São esses dois setores que puxaram a média para baixo. Como toda média é burra, é bom o leitor saber que as vendas de veículos cresceram 7%, as de material de construção 14,8%, as de móveis 20% e as vendas de eletrodomésticos registraram aumento de 38,6%. A média é burra, mas o crescimento é real.

PIB de Salvador volta ao topo A economia soteropolitana voltou a ser a maior economia do Nordeste. O PIB de Salvador atingiu R$ 57,9 bilhões, superando Fortaleza, que ficou logo abaixo com um PIB de R$ 57,2 bilhões e tornando-se o 9º maior PIB municipal do país. A economia de Salvador responde por 23,6% do PIB estadual, seguida por Camaçari, responsável por 8% do PIB baiano, e  Feira de Santana, com 5%. Quem pensa que Salvador não tem indústria erra, pois a capital é o 16º maior PIB Industrial do país, superado, no entanto, por Camaçari, que está em 15º lugar. Já na Agropecuária, os maiores PIBs do Brasil estão na Bahia, ficando o 1º lugar para o município de São Desiderio e o 2º lugar para Formosa do Rio Preto.

Arrecadação em alta A arrecadação de ICMS do Estado da Bahia alcançou, em novembro de 2017, o montante de 1,9 bilhão de reais, um crescimento real de 3,4 %. O volume foi recorde no ano e mostra de forma nítida a recuperação da economia.

O ensino médio privado na Bahia Salvador não tem uma escola sequer entre as 10 melhores escolas de ensino médio do Nordeste. Entre as melhores escolas da região, cinco estão em Fortaleza, duas no Piauí, duas em Feira de Santana e uma no Rio Grande do Norte. As escolas privadas de ensino médio em Salvador cobram as mensalidades mais caras da Bahia, mas as melhores escolas privadas do Estado, o Colégio Helyos e o Colégio Acesso, são de Feira de Santana, e ocupam apenas o 8º e o 10º lugar, respectivamente, entre os melhores do Nordeste. Entre as escolas públicas, apenas o Colégio Militar da Bahia, que é federal, aparece no ranking estadual, em 12º lugar. Os dados foram sistematizado pelo jornal Folha de S. Paulo e calculados com base nos resultados do Enem – Exame Nacional do Ensino Médio de 2016 .

A Bahia na CNA O mais importante órgão privado do agronegócio brasileiro vai ser presidido por um baiano nos próximos quatro anos.  Após ser eleito por unanimidade, João Martins foi empossado esta semana  na presidência da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil no período 2018/2021. No seu discurso de posse, Martins, que também é presidente da Faeb –Federação da  Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia, mandou um recado claro e preciso:  “O agro é espaço fundamentalmente da iniciativa privada e precisa do ambiente capitalista de respeito à propriedade, ao lucro e à liberdade de empreender.”