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Ivan Dias Marques
Publicado em 22 de dezembro de 2017 às 05:00
- Atualizado há um ano
Um ano pós-Olimpíada sempre é difícil para países com pouca tradição em programas esportivos realmente efetivos, como é o caso do Brasil, no geral. Geralmente, apenas as modalidades com federações mais organizadas conseguem iniciar um ciclo olímpico já com grandes resultados. Eles vieram, parcos, mas importantes, como pontuarei mais à frente, mas o grande destaque esportivo do Brasil em 2017 foi, enfim, a revelação do seu pior. E mais importante: a punição de alguns dos envolvidos. Começamos por aquele que deveria ser o dirigente esportivo mais respeitado do país. Mas o presidente do Comitê Olímpico do Brasil, Carlos Arthur Nuzman, como sempre aparentou, utilizou o esporte como meio de enriquecimento próprio. Foi preso, mas, claro, solto após alguns dias. Renunciou a seu cargo e responde a acusações do Ministério Público do Rio, entre elas por compra de votos na eleição do Rio como sede olímpica. A Confederação Brasileira de Basketball e a de Desportos Aquáticos, enfim, se despediram de seus ‘reis’, sendo que Coaracy Nunes, da CBDA, também passou uns dias “vendo o sol quadrado” - ainda que o atual presidente da mesma, Miguel Cagnoni, não seja lá muito confiável. Na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo Del Nero foi suspenso pela Fifa na última semana e a tendência é que seja obrigado a deixar a entidade, se tudo der certo. Se juntará a seus dois antecessores, José Maria Marin e Ricardo Teixeira, preso nos EUA e com ordem de prisão na Espanha, respectivamente. Essas prisões e outras investigações tiveram contribuição do trabalho de jornalistas como Demétrio Vecchioli, Fabio Balassiano, Jamil Chade e Lúcio de Castro, quatro dos profissionais que merecem um troféu pelo trabalho em 2017.Resultados Nas quadras, campos, raias, pistas e tatames, o Brasil conquistou alguns resultados importantes. Nos esportes mais tradicionais, em que o país consegue ter estrutura, destaque para Evandro e André Stein, campeões mundiais no vôlei de praia. No Judô, Mayra Aguiar também se sagrou campeã mundial, assim como a baiana Ana Marcela Cunha, nos 25km da maratona aquática (ainda conquistou bronze nos 5km e 10km), e Etiene Medeiros, nos 50m costas. As meninas do vôlei de quadra também subiram no topo do pódio no Grand Prix. Além desses, o Brasil teve bons resultados com os canoístas Isaquias Queiroz (campeão mundial sub23 e bronze no Mundial sênior) e Ana Sátila (bronze e prata no Mundial de Canoagem Slalom); com o nadador Bruno Fratus (duas pratas no Mundial de Esportes Aquáticos); com Caio Bonfim (bronze na marcha atlética no Mundial de Atletismo); Gabriel Medina (vice no Mundial de Surfe); e Pedro Barros, Letícia Bufoni e Kelvin Hoefler (todos no pódio mundial de skate). O Brasil ainda contou com participações honrosas em mundiais, mesmo sem medalhas, de Rosângela Santos (atletismo), Fernando Reis (levantamento de peso) e Henrique Avancini (mountain bike). Boas perspectivas pra eles.
Férias A coluna entra de férias e só volta em 2018. A todos os leitores, fica o desejo de boas festas.
*Ivan Dias Marques é subeditor do Esporte e escreve às sextas -feiras